Governador eleito, Carlos Moisés, já recebeu as primeiras críticas por manter dois secretários de Estado. Paulo Eli continuará pilotando a Fazenda e Leandro Lima seguirá à frente da repaginada Secretaria de Justiça e Cidadania, que vai ser a Secretaria do Sistema Prisional e Socioeducativa.

Os dois nomes, registre-se, são gabaritados e atendem uma promessa de campanha de Moisés: valorizar os servidores de carreira. Eli é fazendário desde sempre. E Lima é egresso dos quadros dos agentes prisionais. Conhecem de suas áreas e têm currículos exemplares.

Em relação à Fazenda, a estratégia do governador e do time de transição é muito clara. Além de manter ali um homem preparado e sério, o futuro governo também se blinda no sentido de evitar que o atual governador deixe alguma bomba de efeito retardado para estourar em 2019.

À medida que está confirmado, Paulo Eli terá que tomar os devidos cuidados para evitar que possíveis bombas estourem ali adiante no seu próprio colo.

Outro ponto fundamental. O titular da Fazenda já vem conduzindo as delicadas e complexas negociações sobre as dívidas de Santa Catarina junto à União e também acerca dos financiamentos, nacionais e internacionais, do Estado.

Uma questão pontual, que poderia vir a ser uma bomba, é a necessidade de revogação de R$ 400  milhões em benefícios fiscais até o dia 8 de janeiro! Negociações que continuarão sob a batuta do atual secretário. É missão que requer conhecimento, experiência e muito cuidado na sua execução.

PREPARAÇÃO

Também está no radar da equipe de transição a nomeação de um secretário-adjunto da Fazenda. No caso, uma secretária, cuja escolha foi definida pelo próprio governador. Trata-se da atual diretora do Tesouro Estadual (Dite), Michele Roncalio. Ela será a adjunta de Paulo Eli. Foi escolhida e vai ser preparada para substituí-lo quando essas questões de dívidas, financiamentos e equacionamento de benefícios fiscais estiverem bem encaminhadas. Michele irá tomando pé da situação e, sendo da confiança do governador, ascenderá à titularidade muito provavelmente ainda em 2019.

Michele Roncaglio vai substituir Marco Aurélio Dutra, hoje adjunto. Ele foi o último secretário da Fazenda de Paulo Afonso Vieira, lá nos anos 1990. É emedebista de quatro costados e intimamente ligado ao ex-governador do MDB.

 

Via Blog do Prisco