A África do Sul está interessada em comprar carne bovina com osso de Santa Catarina. A manifestação foi feita formalmente ao Ministério da Agricultura que a transmitiu à Secretaria de Agricultura e Pesca e a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Faesc). Por ser reconhecida como área livre da doença pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), Santa Catarina é a única unidade da federação que tem condições sanitárias e institucionais para abastecer o mercado sul-africano com carne bovina, como já faz com as carnes suínas e de aves para todos os continentes.

Líder nacional na avicultura e na suinocultura, o Estado não é exatamente um grande produtor de bovinos, mas, se as negociações forem efetivamente fechadas, a carne bovina produzida em território catarinense – e somente esta – poderá ser exportada. Para abastecer a demanda interna, visto que não é autossuficiente, o Estado aumentará as compras de outras regiões brasileiras.

“Vamos vender a carne catarinense para o exterior e obter divisas, ao mesmo tempo em que compraremos carne nacional para nosso consumo”,  explica o presidente da Faesc José Zeferino Pedrozo.

Atualmente, o rebanho bovino catarinense total é de 4,2 milhões de cabeças, sendo 85% de gado leiteiro e 15% de gado de corte. Cerca de 600 mil cabeças de gado são abatidas por ano para nutrição humana. A produção interna é de  132,5 mil toneladas de carne, o que representa pouco menos da metade do consumo. Outras 138 mil toneladas são importadas de outras unidades da federação.

Em território catarinense não pode ingressar boi vivo, apena carne oriunda de estabelecimento inspecionado. O presidente da Faesc acredita que, a se confirmar um cenário de bons negócios com a África do Sul, o setor produtivo catarinense poderia exportar até 50% da produção local, o que significaria abater e transformar em cortes com osso  200 mil cabeças.

 

Via Economia SC