A arrecadação estadual registrou aumento de 6% no mês de março, no comparativo com o mesmo período do ano passado.

A receita totalizou R$ 3,6 bilhões. Considerando a inflação acumulada de 5,4% (IPCA), houve crescimento real de apenas 0,6% na receita. Trata-se do primeiro saldo positivo deste ano em relação à arrecadação — em janeiro e fevereiro houve queda real de 4,4%.

São números oficiais da Secretaria de Estado da Fazenda, que tem outros indicativos positivos e negativos sobre o comportamento da receita.

Um dos mais importantes está no desempenho da agroindústria, que registrou o aumento mais expressivo, com índice nominal de 38,5%. Segue-se a indústria metalmecânica com 26% de crescimento nominal.

A arrecadação estadual com o IPVA também cresceu 16% no mês de março, curva ascendente certamente em função da decisão do contribuinte de liquidar o tributo no início do ano.

O relatório da Secretaria da Fazenda revela também que o Estado arrecadou R$ 11 bilhões entre janeiro e março de 2023. Mas não é para comemorar, pois descontada a inflação, houve queda real de 2,3% no período.

Na análise específica sobre o ICMS, a receita somou R$ 8,5 bilhões, representando uma perda de 4,7% na comparação com os primeiros três meses de 2022.

Outro fato relevante: o Estado também recebeu cerca de 10% a menos em transferências tributárias da União, relativas ao FPE (Fundo de Participação dos Estados) e ao IPI Exportações (Imposto sobre Produtos Industrializados).

Conclusão: o comportamento da economia estadual continua num clima de incerteza, o que se reflete na arrecadação.

Via ND+ Edição impressa 05/04/23