tupysalmoduartebd

Um dos setores mais afetados pelos impactos da pandemia, a indústria catarinense começa a respirar um pouco melhor. No mês de maio frente ao anterior, na série com ajuste sazonal, a produção industrial do Estado cresceu 5,4% depois de amargar quedas de 18% em março e de 14,1% no mês de abril. Os dados são da pesquisa Produção Industrial Mensal (PMI), do IBGE. Nas outras comparações, os efeitos do coronavírus ainda pesaram: o setor teve queda de 28,6% frente a maio de 2019, de 15,4% no ano e de 6,6% nos últimos 12 meses.

No Brasil, das 15 regiões pesquisadas, 12 tiveram crescimento em maio, por isso a média nacional do país frente ao mês anterior foi alta de 7%, a comparação com maio do ano passado foi queda de 21,9%, no ano teve recuo de 11,2% e em 12 meses, retração de 5,4%. Santa Catarina teve variação menor que a média porque já havia contabilizado retomada parcial da produção no mês de abril, quando muitos estados seguiam com os parques fabris quase totalmente parados.

Considerando os cinco primeiros meses de 2020, o único setor da indústria catarinense que cresceu frente ao mesmo período do ano passado foi o de alimentos, com alta de 2,1%. Em maio ante o mesmo mês do ano passado, a queda foi geral nos setores pesquisados: metalurgia (-58,4%), veículos e reboques (-53,1%), confecções (-48%), minerais não metálicos (-38,5%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-35,2%), móveis (-28,6%), produtos de metal (-23,7%), máquinas e equipamentos (-21,5%), produtos de borracha (-19%), produtos de madeira (-17,5%), alimentos (-4,8%), e celulose e papel (-4,5%).

Contudo, o resultado de maio frente ao mês anterior é animador porque estados mais representativos na economia do país tiveram crescimento importante. São Paulo teve alta de 10,6% graças, principalmente, à retomada parcial da indústria automotiva e o Paraná, também em função da retomada desse setor, cresceu 24,1%. O Rio Grande do Sul, com a volta da indústria de máquinas e equipamentos, teve alta de 13,3%.

Para SC, que é fornecedora de peças ao setor automotivo de outros Estados, esses resultados dos vizinhos vão ajudar nos próximos desempenhos. Outra razão de otimismo para a indústria catarinense, especialmente a de produtos de consumo, como têxteis, confecções, calçados, móveis, revestimentos cerâmicos e outras é que o varejo do país cresceu mais do que o esperado. Os analistas avaliam que o auxílio emergencial está ajudando a amenizar a crise no comércio e a queda do PIB pode não ser tão grande como se imaginava este ano.

Via NSCTotal – Coluna Estela Benetti