Pelo terceiro mês consecutivo após a pandemia, o governo de Santa Catarina registra alta na arrecadação impostos. Em setembro, a receita estadual alcançou R$ 2,52 bilhões, com crescimento de 7,6% frente ao mesmo mês do ano passado, segundo dados da Secretaria de Estado da Fazenda (SEF/SC).

O ritmo de expansão do mês passado foi próximo ao de julho, quando a arrecadação total cresceu 8% ante o mesmo mês de 2019 e ao de agosto, que teve alta de 8,4% na mesma comparação. Em setembro, o ICMS, que é o imposto que responde pela maior parte da receita, alcançou R$ 2,1 bilhões, 9% maior em relação ao mesmo período do ano passado. A receita total também inclui o IPVA, imposto sobre herança, taxas e as transferências da União. 

Os dados indicam melhor desempenho da indústria. Os setores que puxaram o crescimento da arrecadação em setembro frente ao mesmo período de 2019 foram o metalmecânico, que teve alta de 51,36%, seguido pela construção civil, que arrecadou 50,13% mais e, na sequência, veio o agronegócio, com alta de 34,34%. Os setores tiveram as maiores variações negativas, por isso ainda estão longe de voltar ao nível pré-Covid foram os veículos, com -17,35%, seguido por energia -13,52% e combustíveis – 5,86%.

O governador Carlos Moisés da Silva, por meio de notícia veiculada pela assessoria de imprensa, comentou os últimos dados econômicos do Estado. Segundo ele, o crescimento da arrecadação, ao lado da geração de mais de 18 mil novos postos de trabalho em agosto e resultado positivo de abertura de empresas mostram que a economia catarinense está reagindo.

O secretário de Estado da Fazenda, Paulo Eli, reconheceu que muitos setores ainda sofrem os impactos da crise causada pela pandemia. Segundo ele, a secretaria trabalha com austeridade para minimizar os efeitos da crise e também faz planejamento para que todos os setores possam retomar ao ritmo de antes da pandemia.

Uma das causas do crescimento da arrecadação do setor metalmecânico foi a retirada da substituição tributária ao setor pela Fazenda estadual. A pasta está retirando a substituição tributária gradualmente, de diversos setores porque a arrecadação antecipada eleva os custos financeiros das empresas e tem gerado uma série de críticas.

Além disso, empresas do setor, tanto de metalurgia, quanto de equipamentos, estão registrando ritmo maior no Estado porque estão com vendas em alta. Em agosto, o faturamento desse segmento cresceu 9% frente ao mês anterior.

Pelo ritmo da atividade econômica, a expectativa é de que SC continuará crescendo nos próximos meses. Durante a pandemia, o estado teve quatro meses com perdas de arrecadação – março, abril, maio e junho. Projeções da secretaria mostram que SC teve perda acumulada de R$ 2,25 bilhões nesses meses frente ao que era projetado num cenário sem a Covid-19.

Via NSCTotal – Coluna Estela Benetti