Destaque do Dia

Ontem à tarde conversei rapidamente com o deputado estadual, Ricardo Alba, líder da bancada do PSL na Assembleia Legislativa. A pergunta foi: Como que os deputados pesselistas se comportarão em relação a retirada da isenção do pagamento de ICMS dos setores da suinocultura, avicultura, água, erva-mate, lacticínios e queijos. Outro setor que será bastante afetado é o da produção agrícola, já que os defensivos passaram de uma tributação zero, para 17%.

Alba primeiramente me disse que pelo fato da bancada ser governista, que a tendência é de sempre votar com o governo, porém, ao ser questionado sobre os impactos que a medida causará para a economia catarinense, o que vai totalmente contra o discurso feito pelo PSL durante a campanha eleitoral, principalmente pelo hoje governador, Carlos Moisés da Silva, que rechaçou qualquer possibilidade de aumento de impostos, Alba respondeu que uma reunião deve ser realizada amanhã com o secretário de Estado da Fazenda, Paulo Eli, para discutir a questão.

Tentei ligar para o líder do governo no parlamento, deputado Maurício Eskudlark (PL), que não respondeu as tentativas de contato. Vale dizer que o SC em Pauta se apegou a essa causa e defenderá outras, sempre que entender que é uma questão de justiça um posicionamento a respeito de um determinado assunto.

Cobrar das lideranças catarinenses que se posicionem a favor do setor produtivo e, contra uma medida que tem tudo para gerar um prejuízo sem precedentes à economia catarinense, é defender o bolso da população, os empregos e a economia estadual. É impossível não se incomodar com o fato do governo se negar a conversar com alguns setores, que há tempos tentam apresentar as suas versões sobre o fato, mas que são ignorados mesmo estando de posse de argumentos embasados em números reais.

Um governo precisa ser um parceiro, um animador da economia para que as empresas se fortaleçam o que consequentemente renderá um bom retorno ao Estado, porém, quando o diálogo é rechaçado e os olhos e ouvidos são mantidos fechados para uma realidade, devemos nos preocupar com os rumos que Santa Catarina tomará nos próximos tempos.

 

Via Coluna Marcelo Lula