Resultado em SC foi impulsionado pelo desempenho de várias áreas, entre elas a indústria

Graças à força do agronegócio, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil fechou 2017 com crescimento de 1% num ano de altos e baixos nos demais setores da economia, após a mais profunda recessão da história do pais, com duas quedas idênticas de 3,5% em 2015 e 2016. Os dados são do IBGE, cujas pesquisas em Santa Catarina apontam que o Estado teve a maior alta de PIB do Brasil no ano passado, com variação positiva de 4,2%. É isso que sinaliza a prévia do Banco Central pelo índice IBCR-SC que apontou para o país alta de 1,04%. 

O crescimento de 1% do Brasil foi suado porque o serviços cresceram apenas 0,3% puxados pelo comércio (1,8%) e a indústria ficou estagnada. O agronegócio salvou o país mais uma vez, com alta de 13%. Esse pibinho do ano passado está muito ligado à instabilidade política do país que impediu a aprovação da mais importante reforma, a da Previdência. 

Um dado preocupante do PIB, mas não surpreendente, foi a queda da taxa de investimentos para 15,6% do PIB em 2017,  1,8% menor que os 16,1% de 2016. Esse resultado era esperado porque as empresas estavam com capacidade ociosa devido à recessão e o setor público praticamente não investiu. Para o país crescer 3% a 4% ao ano, ela precisa ficar entre 24% e 25% do PIB. Mas um sinal positivo foi o crescimento de 3,8% da formação bruta de capital fixo (base da taxa de investimento) no último trimestre do ano passado frente ao mesmo período de 2016. 

O desempenho econômico de Santa Catarina foi mais acelerado e maior do que o do Brasil ano passado porque avançou mais em diversos setores. Entre os destaques, a alta de 4,5% da produção industrial, 13,5% do volume de varejo e 6,7% no turismo. As exportações cresceram 12% e a produção agropecuária teve alta estimada de 0,5%. Os serviços tiveram recuo de 5,5%. Apesar disso, no conjunto SC foi melhor no crescimento e no emprego, com a liderança na abertura de vagas no país em 2017, 29.441 e menor taxa de desemprego, 6,7% no fim do ano. O PIB oficial dos estados sai dois anos depois, mas deverá confirmar essa tendência do BC para SC, cerca de 4% de alta no ano passado.  Para este ano, como o Brasil poderá crescer mais de 3% segundo instituições financeiras, a diversificada e preparada economia catarinense deve alcançar, mais uma vez, desempenho acima do nacional. 

Via NSCTotal – Coluna Estela Benetti