A carga tributária neste ano deve ser a menor já registrada no Brasil desde 2001, de acordo o estudo Termômetro Tributário. O resultado é consequência da retração da atividade econômica, que diminui o recolhimento de impostos e contribuições.

Segundo a pesquisa, elaborada pelos economistas José Roberto Afonso, especialista em contas públicas da FGV, e Kleber Pacheco de Castro, doutorando da UERJ, a carga tributária neste ano deve totalizar 33,2% do PIB –mesmo nível observado em 2002 e o menor desde 2001.

Nos últimos 12 meses encerrados em junho, o volume de impostos em relação ao PIB foi de 23,42%. O patamar é 6,7% menor do que o observado em igual período anterior. A queda foi a mais profunda desde setembro de 1992, quando teve início o processo de impeachment de Fernanda Collor.

O tombo foi puxado pelas reduções de 7,4% nas receitas previdenciárias e de 7% nas federais administrativas.

Desde novembro de 2014, a carga vem sofrendo quedas consecutivas. A partir de agora, porém, o ritmo de recuo deve ser menor –mas não o suficiente para levar a uma recuperação da arrecadação, de acordo com Afonso e Castro.

TERMÔMETRO

O estudo é uma estimativa da arrecadação global da União e não é completamente preciso.

A Receita Federal é responsável por divulgar o levantamento oficial sobre arrecadação. O último dado disponível, porém, data de outubro do ano passado e refere­se a 2014. Ainda não há previsão sobre o quando os próximos dados serão divulgados.

 

Via Folha de São Paulo