Os livros sagrados descrevem Elias como um profeta corajoso que enfrentou o rei Acab devido a suas insistências em adorar outros deuses, senão o Criador, recaindo-lhe à época, como castigo, uma seca terrível. Em outra passagem, Deus permitiu que voltassem as chuvas, dando vida à natureza. Ainda que no sobrenome as semelhanças com Paulo Roberto Elias vão muito além da coragem e persistência que nos deixou, vitimado pelo vírus mortal que ceifa vidas amigas e conhecidas, justo no dia mundial dedicado à água.
Paranaense, depois de passar pela Escola de Sargentos da Aeronáutica, aportou em Florianópolis, onde criou raízes, construiu amizades da tal que oportunizou nesse estreitamento testemunhar seu casamento, vindo a constituir bela família. Ainda que o trabalho lhe rendesse segurança e bem-estar, foi em busca de novos projetos. Lançou desafios, seguido pelo seu concunhado, também Paulo Roberto Gotelip, e talvez até incentivado por esse colunista que, ao visitá-los, tratava com entusiasmo dos feitos fazendários. Pelo esforço, acabou por ingressar no seleto quadro do fisco estadual, declinando assim, e mais tarde Gotelip, do fardamento azul.
Missão fazedária
Como auditor fiscal, em sua trajetória, que daria um belo livro, foi exemplar em todos os sentidos, dignos de registros. Estabelecendo-se na Lages de desbravadores, alguns oriundos do vence pela força, com influência política ou na potencialidade do capital, enfrentou “pseudos” mandantes. Sem nunca titubear conseguiu, a duras penas, frear um rastro de corrupção envolvendo empresários, políticos e servidores. Os resultados foram relevantes: contribuintes autuados, alguns presos e respondendo processos e servidores demitidos. Ocupou também as funções de gerente regional e ainda a coordenação do Gescac – Grupo Especialista de Automação Comercial. Com atuação no varejo, evitando assim que operações fraudulentas sejam efetuadas, provocando a concorrência desleal perante os que trabalham corretamente. Mas Elias foi além: contador por formação, cursou Direito e também mestrado em Contabilidade do qual, além de contribuir dentro da instituição com seus conhecimentos, levou-os à universidade. Vá com Deus, amigo, que deixa saudades e, junto, um grande legado restrito a poucos: a persistência.
Malha fiscal
Na coluna anterior, ao frisar sobre os prazos para apresentação da Dime – Declaração do ICMS e do Movimento Econômico, foi mencionada erroneamente a data de 30 de abril, quando o correto seria dia 31 de março, próxima quarta. Depois, somente serão aceitos encaminhamentos via DDEs – Declaração de Débitos de ICMS Especiais. Então, é prudente que os profissionais da contabilidade fiquem atentos para não serem surpreendidos com a negativa de aceitação.
Malha fiscal 2
Relembrando também sobre os dois novos módulos de aplicativos – malhas ficais, em vigência: a) o que trata da nota fiscal eletrônica de entrada declarada, em duplicidade no mesmo mês; e b) da nota fiscal eletrônica declarada de mercadorias ou bens, não registrada. Há casos de falha, mas também de negligência e má-fé. O fisco está de olho. Vale a pena correr e corrigir as inconsistências, para evitar dores de cabeça com as intimações e notificações, pois o prazo referente a 2019 encerra em 31 de maio. Em respeito aos que investiram em pessoal e tempo, efetuando as correções, desta feita os prazos não deverão ser prorrogados.
Bloco X
Na próxima coluna será abordado matéria sobre legislação referente ao Bloco X.
Refletindo
“A boa gestão ampara-se em focar no alvo principal. A partir do momento em que os olhares se desviam, o tempo testemunhará os resultados não desejados. Senhores mandatários, pés no chão, por favor”. Uma ótima semana!
