Governantes têm faca e queijo |
Há tempo que postulantes a cargos majoritários do Executivo não dispõem de “suprimentos materializados” para exercerem seus mandatos. Ao ingressarem nas campanhas políticas, na ânsia de lograr êxito, apostaram alto nas propostas, muitas vezes milagreiras, e outras até ofensivas. Assim, puderam ser vislumbrados em níveis estadual e federal, e, dependendo das pesquisas, temas que tomavam rumos diferentes, quando não destoavam até das cores partidárias. Do outro lado, o povo que não se serve mais do papel de bobo a escutar, analisar e decidir em quem votar. Quando a vitória bate à porta, o discurso muda radicalmente. Sabem os vitoriosos que entre a teoria e a prática há um oceano revolto a atravessar. Justamente o que se noticiou e o que se assistiu nas mídias. Vencedores, aqui e no Planalto, tiveram tamanha sorte que os discursos, além de prosperarem, levaram de roldão os eleitores. Passada a euforia, vem o período de trabalho. Cercados de competentes profissionais, tomam ciência do “status quo” referente às receitas e, principalmente, às despesas atuais e futuras. Poderão cometer algum erro, até porque, tanto lá como cá, transitar com desenvoltura na turbulenta área, cheia de armadilhas, não será tarefa fácil. Para evitar as tramoias, todo o cuidado será pouco. Não serão poucas as hienas ansiosas para devorar o pouco das reservas que a “viúva” dispõe. Aposta-se na torcida e no empenho do renovado parlamento. Mas será bom ficar de olhos abertos, pois, dependendo dos interesses, os resultados poderão não ser os acordados.
Povo a favor Nas mãos Novo governo Prefis: prazo Refletindo |
Por Pedro Herminio Maria – Auditor Fiscal da Receita Estadual SC