Dia de muito, véspera de pouco

Alternâncias de poder – governos são salutares. Diferente da continuidade que criam vícios e, pelos exemplos que se têm numa linha ténue, muitos acabam por misturar público e privado. No dito popular: “o uso do cachimbo deixa a boca torta”, logo o relaxamento contamina os órgãos de controle se expandindo a outros poderes. Em SC, apregoava-se mar de brigadeiro, posição de patamar financeiro elevado à Suíça brasileira. Mas na virada de ano e com a troca de comando, a realidade exposta apresentou fissuras causadas por um tsunami devastador transformando o sonho em pesadelo.

Cabo de guerra 

Perceba na falação generalizada que corre na mídia após assumir ao cargo: “no meu governo as coisas boas acontecem, já no do outro, somente heranças ruins ou malditas”. Novamente, até onde há veracidade nos fatos? Em quem confiar? Para a leitura de alguns céticos, é de praxe a prática de abandonar projetos, ainda que interessantes, mas de antecessor combativo em benefício dos anunciados em palanque. Fala-se, então, que o Pix do ex-governador Moisés põe em xeque as realizações das propostas de Jorginho. Nesse cabo de guerra, que para eleitores/povo ansiosos para que as obras sejam executadas, pouco ou quase nada interessa.

100 dias, e então? 
O tempo urge e a paciência vai se esvaindo. A conversa mole vai se tornando chata e o enfrentamento não pode ser evitado. No Planalto, a exemplo de um curioso comentário: “a roça Brasil está feia: o matagal muito alto para carpir, muito baixo para roçar e molhado demais para se atear fogo. Enquanto isso, o capataz Inácio mais atrapalhado do que sapo em cancha de bocha”. A torcida é para que o arcabouço fiscal, que estabelece limites e até acalmou o mercado, se efetive a posteriori sem que haja aumento da carga tributária. Situação que o empresariado vê com receio. 

Sabedoria para decidir 
Por aqui, o Plano de Ajuste Fiscal (Pafisc), que tem como objetivo buscar novas receitas, cortar despesas e reduzir a burocracia para o contribuinte catarinense, demonstra que se a alternativa é planejar-se para o enfrentamento de possíveis tormentas. O que não pode é plantar dificuldade para colher facilidades às custas de erros de cálculo no afã da campanha. Agora, até mesmo parlamentos com maiorias simpatizantes não correspondem com a efetivação dos projetos. Bem mais, a “negociação” deve imperar e o preço, certamente, será muito mais salgado. Que tenham juízo e consciência usando de sabedoria, a exemplo da saudosa mãe que nos alertava: dia de muito, véspera de pouco.

União de esforços
A política adotada pela Fazenda estadual no âmbito de governo está sendo posta à apreciação e compartilhamento com os auditores fiscais e demais servidores fazendários lotados nas gerências regionais. O fato interessante é que o próprio secretário acompanha a comitiva para conhecer, de perto, a realidade local. Nas palavras dele: “A SEF já é um ícone nacional, mas podemos ir adiante e eu quero ajudar vocês nesse processo. Quero ser um facilitador e dar as condições e instrumentos para que vocês possam fazer o Estado evoluir ainda mais”.

Caminhantes das Santas  
Numa busca contínua de evolução, 32 peregrinos percorrem desde 1º de abril, partindo de Imbituba, com chegada no dia 7 em Nova Trento, 210 km. Alguns estão no trecho desde 14 de março, saindo de São Leopoldo (RS), numa peregrinação em prol da beatificação do padre Reus, santificação da beata Albertina e agradecimento à Santa Paulina. 

Refletindo


“Que a Páscoa renove a fé e a solidariedade, proporcionando paz. Feliz Páscoa! Uma ótima semana.

 

Por Pedro Hermínio Maria – Auditor Fiscal da Receita Estadual de SC

“Este é um artigo de opinião, cujo teor é de inteira responsabilidade do autor, e não expressa necessariamente a opinião desta entidade, não sendo, portanto, por ela endossado.”