De pires nas mãos

O sonho de encarar uma prefeitura começa a se delinear e muitos são os pretensos candidatos em busca de apoio partidário ao pleito de 2024. Como sempre, as promessas de resolução dos problemas começam a aparecer. Bolas de cristais não faltarão. E quando tomam posse, a realidade se desnuda e os famosos 100 dias são mais que necessários para encaixar as melancias.
Faz muito sentido quando se organizam politicamente encontrar formas de melhorar a oferta de recursos para atender a demanda de onde provém o cidadão: no município. As transferências via pix do governo anterior se transformaram em TEV – transferências especiais voluntárias e estão entre as que poderão dar um respiro a muitas delas. Mas, segundo autoridades fazendárias, metade das prefeituras possui algum tipo de impedimento e só recebe o quinhão quando as pendengas estiverem sanadas. Assim mesmo, devido à concentração das receitas na União, vão seguir com pires nas mãos.

Último Refis
Mal acostumados, os devedores de impostos sempre dispunham de chances para negociarem suas dívidas. Quem não fica satisfeito são os agentes do fisco e muito mais aqueles que honram religiosamente seus compromissos tributários. Em recente entrevista, o secretário da Fazenda, Cleverson Siewert, argumentou que desta vez o programa estará “ousando em prol do empreendedor”. Quem aderir e não pagar, a situação voltará à estaca zero. Ou seja, a adesão será um juramento até a quitação total do valor. Fiquem atentos e quando vigorar, aproveitem, poderá ser o último da atual gestão!

Mais que irmão
No ciclo natural da vida, na última segunda, meu irmão Nildo partiu, deixando como legado muitos ensinamentos. Ainda criança lembranças de quando, junto com o mano Hildo, cada um com seu violão à moda Tonico e Tinoco ao amanhecer dedilhando canções, antes de subir na caçamba do DER. Na maioridade, o via com vestes verdes que se confundiam com a grama, das cores do pasto. Servia o 14º BC – Batalhão de Caçadores, atualmente 63º Batalhão de Infantaria, localizado no Estreito – capital. Retornando ao DER, viu na PM a oportunidade de, como músico, ingressar na corporação e assim, por muito tempo, integrou a seleta banda de música da PM e um dos fundadores do Band Show da PM, quando solicitou reserva. Também por longos anos, trilhou os caminhos do Detran. Músico polivalente, sempre abrilhantando cerimônias, missas e regendo corais, como na matriz de Campinas – São José. Fervoroso alvinegro, amigo de fé e compadre, deixa filhos e netos. Gratidão aos filhos e amigos que o acompanharam nos momentos difíceis. A chegada aos céus junto aos seus (esposa e filho) será cercada de anjos tocando harpas. Descanse em paz, mano, que completaria 84 no próximo domingo.

Sindifisco 35 anos
Colegas e conselheiros do Sindifisco-SC, com o aval do secretário Cleverson, propõem a retomada do encontro Fazendário em 31 de outubro, numa referência ao Dia do Servidor Público, comemorado em 28 do mesmo mês. O evento acontecerá no Teatro Pedro Ivo, na capital. Na oportunidade, serão festejados os 35 anos da criação do sindicato, que se completarão em 21 de outubro. Um jantar de confraternização aos filiados será oferecido, quando se reviverão momentos de amigos e colegas. Muito além dos pleitos corporativos, a entidade tem desenvolvido vários trabalhos sociais, institucionais, de políticas fiscal e tributária, dentre tantas. O reconhecimento dos que criaram, que por lá passaram e de quem segue no comando ou comandados, é sempre louvável. Que venham muitos 35.

Fio desencapado
Apagões surgem, com frequência, pelos quatro cantos do Estado e as razões são conhecidas. Enquanto não se encarar com firmeza os receptadores, eliminando o comércio ilegal e criminoso, haverá oferta pondo no escuro e em risco a população.

Refletindo
“A sociedade será melhor quando o projeto sobre educação for de estado e não de governo”. Uma ótima semana!

Por Pedro Hermínio Maria – Auditor Fiscal aposentado da Receita Estadual de SC

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