Empresários caem na “Rede Simples”

Cidades do Oeste Catarinense, além de outras do Paraná e de São Paulo, foram alvo de ações do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco). O fato, ocorrido no último dia 12, teve mandados de busca e apreensão e também de prisões temporárias.
Entenda o fato: um “seleto” grupo de empresários vinha, literalmente, botando a mão na grana que deveria ser direcionada para a saúde, segurança e educação. Não dá para acreditar em tamanha desfaçatez. É notória a parca disponibilidade dos recursos para as áreas prementes da sociedade que formam o tripé, basta ver a precariedade em que se encontra a saúde e, dada a ineficácia de sua aplicabilidade (desvios por todos os lados), pasmem, são constantemente alvos de duras críticas por esses mesmos gananciosos autores. Dentre os ilícitos penais praticados, estão os da sonegação tributária, falsidade ideológica e da lavagem de dinheiro. E tão em moda está, inclusive muito bem copiada pela classe política, presente na camarilha, a figura do laranja, possibilitando-lhes a utilização da desculpa com o velho bordão “do não sei de nada”.

Força-tarefa 
O grupo de atuação é formado por membros do Ministério Público de Santa Catarina, das Polícias Civil e Militar, da secretaria de Estado da Fazenda e de outras instituições parceiras. Um trabalho investigativo, meticuloso e criterioso, cujos resultados só trazem benefícios à população.

Simples assim…
Esses conceituados magnatas estariam desviando dos cofres públicos e da sociedade milhares de reais em impostos, em benefícios próprios. A operação “Rede Simples” deveu-se ao fato de os crimes praticados envolverem fraudes ao Regime Tributário Simples, sistema que permite competitividade ao contribuinte optante. Como o próprio nome sugere, simplifica o modus operandi, possibilitando crescimento amparado numa justiça fiscal. Ignorado, causou enormes prejuízos ao erário, e pelo rombo e como prêmio, acabaram simplesmente enredados.

Cliente Uber
Experiência e profissionalismo, quando bem avaliados, devem ser compartilhados. Dia desses, participei da inauguração da Sociedade Clube Sul Catarinense, presidida por Pedro Rodrigues – como de costume, quem dirige não bebe, ainda que socialmente, fui de Uber. Ainda nos festejos, ao me retirar, percebi que não portava as chaves de casa. Rejeitei a carona do amigo dr. Irmoto Feuerschuette    explicando-lhe os motivos. Acionei outro veículo conduzido por uma simpática senhora, que acolheu minha conversa enviando o pleito ao seu grupo de trabalho. Anotou nome e número de telefone prometendo retornar. Meia hora, em casa, o telefone toca. Era a sra. informando que as chaves se encontravam em poder do motorista que me conduzira ao evento. Mais tarde, o cidadão ligou avisando que iria passar pela residência e fazer a entrega das chaves. Duas horas depois, aportou com a encomenda. Agradeci e perguntei-lhe o quanto devia. Disse-me que em meio a tantas viagens não tinha certeza de que me pertenciam. Porém, pelas informações, deduziu que fossem minhas. Então, prontamente falou: “O sr. pode dar o valor que entender”. Claro que, pela sua gentileza e pelo seu caráter, retribui-lhe à altura. Assim, sem querer, conheci duas pessoas do mundo dos aplicativos com as quais só tenho a agradecer e confiar-lhes outros clientes. Aqui, o meu reconhecimento por ambos, e quero desejar-lhes boas festas e que sigam em frente com seus honrosos tralhados, conquistando clientes.

Refletindo
Há momentos em que a vida pede socorro. Espelhemo-nos nos dizeres de Santa Paulina, cujo nascimento celebrou-se em 16 de dezembro. “Nunca, jamais desanimeis, embora venham ventos contrários”. Uma ótima semana.

Por Pedro Herminio Maria – Auditor Fiscal da Receita Estadual SC