O legado de Schneider

Fazendário da carreira de analista da receita estadual, por duas vezes interrompida para exercer funções políticas, o deputado Aldo Schneider (MDB) deixa um legado aos catarinenses. Na secretaria da Fazenda, exerceu, por um curto período, a coletoria do distrito de Victor Meirelles, o qual lutou por sua emancipação, sendo eleito seu primeiro prefeito. Retornou às funções no fisco e, em seguida, foi eleito e reeleito para comandar o município do seu coração. Por dois períodos, ocupou a secretaria de Desenvolvimento Regional de Ibirama, e também, por outras duas vezes, a de deputado estadual.

Na eleição para a assembleia, como sabem, os acertos de bastidores afloram nas votações da mesa diretora, o que levou uma “rodada”, pois o mandato de quatro anos ficou dividido entre dois partidos. Porém, ao fim da primeira etapa, não se sabe o que ocorreu. O trato não foi cumprido. Manteve-se em silêncio e aceitou dividir os dois anos restantes com outro correligionário. Restou-lhe a honra de, no último, comandar a presidência da casa.


Carreira exemplar 

Em sua vida política, primava pela solução negociada e paz. Defendia suas ideias e jamais fazia disso um motivo para brigar com quem não concordava. Simplicidade, cortesia e honra à palavra dada eram suas marcas. Defendeu as demandas da Fazenda em termos de classe e instituição, sendo exitoso nas buscas por melhorias para os munícipes que representava na AL. Teve carreira pura, de sucesso e sem mácula.

Sempre solícito

Posso afirmar de cadeira que na função de diretor da Escola Fazendária e nos momentos críticos em relação à sua estrutura, com possibilidade de esvaziamento, como a que ocorreu recentemente, sempre que solicitado, comparecia, colocando-se à disposição para interceder junto à alta gestão. Também assim, nos eventos festivos e de trabalho, enaltecia os feitos, valorizando a formação e a capacitação de servidores. Um grande parceiro, que já faz muita falta, mas todos haverão de lembrar do legado deixado por Schneider.

Tributos na herança 

Num passado não muito distante, o imposto “causa mortis e doações” pouco representava aos cofres do Tesouro, e mantinha-se numa linha com pequenas oscilações. Nos últimos dez anos, com a implantação do ITCMD-Fácil e os cruzamentos de informações junto à Receita Federal, as coisas mudaram, e muito. A linha vem numa crescente, fazendo com que o patinho feio se transforme num faisão. Já tem dado muita dor de cabeça aos pretensos espertalhões que viviam driblando o fisco.

Dobrar o valor 

No seminário que ocorreu na última quinta e sexta-feira, em Florianópolis, que tratava sobre novos procedimentos de fiscalização, e também da aplicação de novos conceitos jurídicos sobre o tema já em prática em outros estados, o secretário Paulo Eli afirmou que nos próximos anos o valor poderá atingir R$ 70 milhões mensais, o dobro do arrecadado hoje. Participaram representantes de 15 estados.

Ficha limpa

Com o número 40888, o colega e auditor fiscal da receita estadual Fabiano Dadam Nau, catarinense de Blumenau, concorre a deputado estadual pelo PSB. Incentivado pelos pais professores, sempre teve a vida focada nos estudos. O ex-presidente do Sindifisco-SC tem formação em Direito e Administração. Ele quer ser deputado por acreditar que é possível construir uma nova forma de fazer política neste país, com transparência total, trabalho e honestidade. Sua principal bandeira: respeito ao dinheiro público. Pesquise mais no endereço: wwww.fabianodadamnau.com.br.

Refletindo 
“Um homem sem medo de fazer o bem e sem coragem de fazer o mal”. Inspiremo-nos na frase atribuída às atitudes do ex-governador de SC Ivo Silveira. Uma ótima semana!

Por Pedro Hermínio Maria – Auditor Fiscal da Receita Estadual de SC