processamento de carne bovina no frigorifico minerva 2

O desempenho positivo do agronegócio não foi suficiente para impedir forte queda das exportações catarinenses em abril, em função da crise econômica global causada pelo coronavírus. A retração das vendas externas do Estado frente ao mesmo mês do ano passado chegou a 18,84% e na comparação com o mês anterior, março, a 9,44%. A receita das vendas externas somou US$ 660,90 milhões. As importações totalizaram US$ 1,08 bilhão, com queda de 16,54% na comparação com abril do ano passado e recuo de 22,51% em relação a março.

No primeiro quadrimestre do ano, Santa Catarina exportou US$ 2,64 bilhões. Esse valor confirma queda de 9,07% frente ao mesmo período de 2019. As importações somaram US$ 5,29 bilhões, com retração bem menor, de 1,64% no período.

Carnes são destaque

As carnes ganharam ainda mais importância no resultado comercial catarinense no exterior, apesar de o frango sentir o impacto da crise global. Responderam por 30,82% das vendas lá fora no período de janeiro a abril. Com a China como principal destino, as vendas de carne suína cresceram 44,33% no período e chegaram a responder por 12,17% do total vendido lá fora.

As vendas de carne de frango seguem como o principal produto de exportação do Estado, mas tiveram queda de 33,64% no período. Elas responderam por 18,12% do total da receita do exterior. A queda no período se explica principalmente porque dois mercados importantes estão comprando menos o produto durante a pandemia. Para o Japão, as vendas recuaram 41,87% e para a Coreia do Sul, 16,96%.

Outro produto que segue com destaque na balança comercial catarinense é a soja. Ela teve crescimento de vendas de 47,83% no quadrimestre e respondeu por 10,57% das exportações do Estado.

Setor metalmecânico

Os produtos industriais foram atingidos pela crise internacional. As exportações de partes de motores caíram 9,70% e as de motores elétricos, 13,18%.

No período de janeiro a abril, a China foi o principal mercado catarinense, respondendo por 21,72% das compras, seguida pelos Estados Unidos com 15,40%, Japão (4,62%), México (4,32%) e Argentina (4,25%).

Os principais produtos importados foram cobre, polímeros plásticos e semicondutores. A retração reflete a menor atividade da indústria catarinense e brasileira.

Via NSCTotal – Coluna Estela Benetti