O Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, teve crescimento de 7,5% no terceiro trimestre deste ano, na comparação com o segundo trimestre. O dado é do
Monitor do PIB, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgado ontem.

“O forte crescimento de 7,5% da economia brasileira no terceiro trimestre, reverte, em parte, a forte retração de 9,7% registrada no segundo trimestre deste ano, em função da chegada da pandemia de
Covid-19 ao Brasil, a partir de março. No entanto, este crescimento não é suficiente para recuperar o nível de atividade econômica que ainda se encontra 5% abaixo do observado no quarto trimestre do ano passado”, afirma o coordenador da pesquisa, Claudio Considera.

Apesar da recuperação disseminada entre as atividades econômicas, o setor de serviços ainda encontra dificuldades para se recuperar. Os serviços tiveram alta de 5,5%, bem abaixo dos 13,4% da indústria. A agropecuária recuou 0,3%. Sob a ótica da demanda, houve altas de 9,9% no consumo das famílias e de na formação bruta de capital fixo (investimentos). O consumo do governo cresceu 0,5%. Já as exportações e importações tiveram quedas de 0,6% e de 8,8%, respectivamente.

Transações com Pix
O diretor de Organização do Sistema Financeiro do Banco Central, João Manoel Pinho de Mello, afirmou que, em três dias de operação plena do Pix, foram realizadas 5,2 milhões de transações e movimentados R$ 4,6 bilhões. O PIX é o sistema brasileiro de pagamentos instantâneos, que entrou na fase de funcionamento pleno na segunda -feira (16). Ele permite a realização de pagamentos e transferências 24 horas por dia, sete dias por semana, todos os dias do ano, principalmente pelo celular. A expectativa do mercado é que o sistema seja o grande substituto de DOCS e TEDs, por
ser um sistema gratuito e estar disponível a qualquer hora. Mas também servirá para efetuar compras on e offline.
Inflação de 2020
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que a inflação registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) seguiu trajetória de alta no período recente e projeta
inflação de 3,5% para 2020. Na estimativa anterior, feita em setembro, a inflação prevista era de 2,3%. Segundo o Ipea, parte desse impulso veio da aceleração do preço dos alimentos, mas também dos demais bens de consumo. A ampliação do consumo, combinada com os efeitos remanescentes da desvalorização do câmbio e com a alta recente dos preços internacionais de commodities, elevou a inflação prevista para 2020.

 

Via ND – Coluna Mercado – Edição impressa 20/11/20