A expectativa dos consumidores brasileiros para a inflação nos 12 meses seguintes passou de 5,2% em junho para 5,4% em julho, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira. Na comparação com o mesmo período no ano anterior, houve recuo, de 1,5 ponto percentual.

Na distribuição por faixas de inflação, em julho, 52,1% dos consumidores projetaram valores dentro dos limites de tolerância (3% a 6%) da meta de inflação de 4,5% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional para este ano. A proporção de consumidores indicando valores abaixo do limite inferior (3%) saiu de 18,2% em junho para 14% em julho. A frequência de previsões entre o limite inferior (3%) e a meta (4,5%) avançou de 25,5% para 28,6% do total no período.

A expectativa de inflação avançou em todas as faixas de renda, exceto para as famílias com renda entre R$ 4.800,01 e R$ 9.600, cuja inflação prevista recuou de 5,4% para 5,2%. Para as famílias com renda acima de R$ 9.600, a expectativa avançou para 4,6%, o maior nível desde outubro de 2017.

“A leve alta na expectativa de inflação dos consumidores reflete o aumento de preços ocorridos devido à greve dos caminhoneiros e captada pelo IPCA de junho”, diz o economista Pedro Costa Ferreira, da FGV, em nota. “Como esse foi um evento isolado, espera-se que, já nos próximos meses, a expectativa de inflação do consumidor volte a cair e fique rondando os 5%.”

 

Via Valor Econômico