Santa Catarina fechou junho com queda de 6,3% nas exportações na comparação com o mesmo mês do ano anterior e com retração de 13,76% frente ao mês imediatamente anterior, maio. A receita obtida lá fora no período alcançou US$ 692,19 milhões. O principal motivo desse recuo foi a greve dos transportadores, que aconteceu de 21 a 30 de maio, que impactou também o mês seguinte e afetou as importações. As compras via portos do Estado somaram US$ 1,368 bilhão no mês passado, um recuo de 28,86% frente a junho de 2017 e de 44,58% na comparação com o mês anterior, maio. 

No primeiro semestre do ano, o Estado registrou US$ 4,001 bilhões com exportações, o que mostra uma queda de 4,16% frente ao mesmo período do ano passado, enquanto o Brasil fechou com alta de 5,6% no período. Com esse resultado, SC manteve a posição de oitavo maior exportador do país, com 3,52% do total. As importações do Estado de janeiro a junho totalizaram US$ 7,464 bilhões, uma alta de 28,85%, enquanto a média nacional teve crescimento de 17,2%. Os dados da balança comercial catarinense foram levantados pelo Observatório da Indústria da Fiesc.  

O principal item de exportação do Estado é a carne de frango, que teve queda de 11,97% no primeiro semestre, afetada não só pela grave, mas também devido ao embargo da Europa. Mesmo assim, SC continuou com destaque, respondendo por 23,3%do total desse item vendido lá fora pelo Brasil. O segundo produto mais importante da pauta do Estado é a soja, que teve recuo de 21,25% no semestre, seguida pela carne suína, que também teve retração expressiva, de 19,73% no período, afetada pelo embargo da Rússia. Os destaques positivos foram partes de motores de veículos com crescimento de 15,2% e motores elétricos com alta de 8,45% no semestre. Apesar desse resultado negativo, as exportações podem fechar com alta no ano porque o mercado externo está comprador. Os principais mercados de SC, na ordem foram EUA, China, Argentina, México e Japão. 

 Via NSCTotal – Coluna Estela Benetti