Convites foram aprovados pelo Plenário após o requerimento de Pacheco , mas a data da sessão temática ainda será definida

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad; o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto; e a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, vão ao Senado para participar de uma sessão de debate sobre “Juros, inflação e crescimento”. Os convites foram aprovados pelo Plenário da Casa na última terça-feira (14/3), após o requerimento ser apresentado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pachedo (PSD-MG), mas a data da sessão temática ainda será definida.

No requerimento, o presidente do Senado afirma que “ao mesmo tempo em que não é viável o aumento descontrolado de preços também não é desejado o sufocamento da economia no curto prazo”.

Foram convidados também o ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga; o diretor-presidente da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNIF), Rodrigo Maia; o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney Menezes Ferreira, entre outras autoridades e economistas.

Na sessão em que o requerimento foi votado, Pacheco falou sobre o caminho do crescimento e do desenvolvimento econômico e afirmou que, para se chegar nele, é preciso conter a inflação e reduzir a taxa de juros. “Obviamente, há caminhos técnicos, há caminhos de experiências vividas anteriormente, há planejamento por parte do governo. É muito importante que nós possamos fazer esse debate aqui no Senado Federal”, afirmou.

A manutenção da taxa de juros por parte do Banco Central tem sido frequentemente alvo de críticas de Haddad e também do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em meio ao tensionamento da relação, o presidente do BC participou do programa Roda Viva, da TV Cultura. Como apontou o analista de Economia do JOTA Fábio Graner, mostrou que claramente sentiu a pressão do governo e que, acossado politicamente, quer reconstruir pontes. Campos Neto disse que fez a maior alta de juros para um ano eleitoral, reconheceu que a ata tentou corrigir o mal-estar do comunicado da última decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) e salientou que queria conversar bem com o atual governo. Disse, inclusive, que quer dialogar mais com Lula e explicar a agenda do BC.

Via Jota