Unafisco afirma ainda que país deixa arrecadar com cobranças não regulamentadas às grandes fortunas

Um levantamento feito pela Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Unafisco Nacional), aponta que o Brasil deixará de arrecadar R$ 306 bilhões neste ano em tributos. O estudo mostra que o prejuízo é provocado por “privilégios” dados à população de classe alta e empresas.

De acordo com a entidade, as isenções em impostos sobre lucros e dividendos distribuído por pessoa jurídica – quando empresas declaram os ganhos e distribuição dos valores aos sócios – provocou um rombo de R$ 59,7 bilhões, enquanto a falta de cobrança de imposto para Grandes Fortunas deixou de arrecadar R$ 58,8 bilhões para os cofres públicos.

Lista de “privilégios” e valores dos prejuízos, segundo à Unafisco Nacional

1- Isenção de imposto sobre lucros e dividendos distribuídos por pessoa jurídica: R$ 59,79 bilhões

Continua após a publicidade

2 – Não cobrança de Imposto sobre Grandes Fortunas: R$ 58,8 bilhões

3 – Simples Nacional (considerado privilégio parcial): R$ 33,29 bilhões

4 – Zona Franca de Manaus: R$ 28,05 bilhões

5 – Programas de parcelamentos de dívidas tributárias (Refis): R$ 22,25 bilhões

6 – Entidades filantrópicas: R$ 14,16 bilhões

7 – Desoneração da cesta básica (considerado privilégio parcial): R$ 13,9 bilhões

8 – Desoneração da folha de salários: R$ 10,41 bilhões

9 – Medicamentos (considerado privilégio parcial): R$ 10,3 bilhões

10 – Exportação da produção rural: R$ 8,01 bilhões

A Unafisco ressalta ainda que o valor não cobrado pela União poderia ser revertido para a construção de 5 398 Unidades Básicas de Saúde (UBSs), 60 449 casas populares ou na contratação de 13 638 policiais militares.

Fonte: IG – Via Fenafisco