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Santa Catarina fechou setembro com crescimento de 4,5% na produção industrial frente ao mês anterior, a quinta alta consecutiva na série com ajuste sazonal, segundo a Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a alta em SC alcançou 7,6%. Contudo, a variação ainda é negativa no acumulado do ano (-9,7%) e nos últimos 12 meses (-7,6%).

Na passagem de agosto para setembro, SC cresceu acima da média nacional que ficou em 2,6%. Frente ao mesmo mês de 2019, a indústria do país cresceu 3,4%, no acumulado do ano caiu – 7,2% e em 12 meses, -5,5%.

Os setores que mais cresceram em SC no mêsde setembro ante o mesmo período de 2019 foram máquinas e equipamentos (37,4%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (34,7%) e têxteis (25,2%). Também alcançaram crescimento os setores de plástico e borracha (12,1%), celulose e papel (9,9%), produtos de madeira (3,4%), minerais não metálicos (2,6%) e alimentos (0,9%). Fecharam com desempenho negativo frente a setembro do ano passado o grupo de veículos, reboque e semi reboque (-7,2%), confecções (-4,3%), produtos de metal (-2,2%) e metalurgia (-1,8%).

Em setembro, as maiores altas frente ao mês anterior foram registradas pelo Paraná (7,7%), Amazonas (5,8%), São Paulo e Espírito Santo (5%) e SC e RS (4,5%).

A produção industrial de SC começou o ano com desempenho fraco, 0,8% em janeiro e 1,4% em fevereiro, na série frente ao mês anterior com ajuste sazonal. Com a chegada da pandemia, em março, teve queda abrupta de -18,5% e em abril recuou -14,5%. O ciclo de crescimento atual começou em maio com alta de 8,8%; em junho subiu 10,5%; em julho 10,6%; agosto 6,5%; e agora, em setembro, 4,5%. 

Apesar de nem todos setores terem superado as perdas da pandemia, o ritmo de produção industrial no Estado segue forte e parte dos setores enfrenta falta de matérias-primas para atender aos pedidos do mercado em função da elevada demanda. As principais razões da alta demanda são o pagamento do auxílio emergencial, exportações e desequilíbrio na oferta porque alguns setores pararam durante o isolamento social e parte dos consumidores mudaram o tipo de compra porque passaram a ficar mais tempo em casa.

Via NSCTotal – Coluna Estela Benetti