A arrecadação de impostos estaduais em Santa Catarina, no primeiro semestre do ano, atingiu R$ 11,7 bilhões, crescimento nominal (sem considerar a inflação) de 5,78% em relação ao mesmo período do ano passado, quando ficou em R$ 11,1 bilhões. Oresultado poderia ser melhor se não fosse a paralisação dos caminhoneiros de 21 a 31 de maio, que impôs uma perda acumulada de arrecadação R$ 304 milhões nos meses de maio e junho, informou o secretário de Estado da Fazenda, Paulo Eli. 

A receita resultante de ICMS, IPVA e ITCMD, principais tributos estaduais, em junho, teve queda de 2,65% em relação ao mesmo período do ano passado e recuo de 3,43% na comparação com o mês imediatamente anterior, maio. O maior rombo em junho ocorreu na arrecadação do setor agroindustrial, que ficou em R$ 24,1 milhões, recuo de 36,14% frente ao mesmo mês de 2017, quando alcançou R$ 37,8 milhões. 

Outro setor duramente afetado foi o de combustíveis, o principal gerador de ICMS ao Estado. Arrecadou R$ 274,4 milhões, 17,32% a menos do que no mesmo período do ano passado, quando alcançou R$ 331,9 milhões. Mas os setores de energia e redes de varejo foram bem em junho. O primeiro teve crescimento de 26,3% na arrecadação de ICMS e o segundo, de 21,9%, o que mostra que compensaram um pouco o baque da paralisação no fim de maio. 

– Se compararmos o primeiro semestre de 2017 com os seis meses de 2018, as maiores quedas são no agronegócio, com -12,25%, e nas comunicações, com – 4,89%. Os setores que registraram crescimento maior foram os de automação comercial, com alta de 26,51%, e de automóveis, com alta de 19,42% – informa  Paulo Eli. 

Segundo ele, considerando as transferências da União, a receita total de janeiro a junho deste ano atingiu R$ 12,5 bilhões. Como a receita estimada para esse período era de R$ 12,8 bilhões, o total arrecadado foi -2,21%  inferior ao projetado.

– Nossa expectativa é de que a economia aqueça e retome o fôlego no segundo semestre, com números mais positivos – afirma o secretário.

Uma das apostas do governo é a campanha que incentiva comprar mais produtos e serviços de Santa Catarina. Assim, o percentual de ICMS que fica no Estado é maior. 

 

Via SEFAZ/SC