A Secretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDS) do Estado vai aproveitar reunião do Conselho das Federações Empresariais de Santa Catarina (Cofem) marcada para a próxima segunda-feira, em Florianópolis, para detalhar ao setor produtivo catarinense as diretrizes da nova gestão e as ações prioritárias da pasta nos 180 primeiros dias de governo.

O encontro será na sede da Facisc, que congrega as associações empresariais e é uma das entidades integrantes do Cofem – que conta ainda com as federações das indústrias (Fiesc), agricultura (Faesc), micro e pequenas empresas (Fampesc), comércio (Fecomércio), transporte de cargas (Fetrancesc) e de dirigentes lojistas (FCDL).

Além da alta cúpula da pasta, também devem marcar presença representantes de órgãos sob o guarda-chuva da SDS, turbinada na gestão de Carlos Moisés (PSL), como o Instituto do Meio Ambiente (IMA, ex-Fatma), Instituto de Metrologia (Imetro), Junta Comercial, Centro de Informática e Automação (Ciasc), Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapesc), Agência de Regulação de Serviços Públicos (Aresc) e Santur.

Restrita a convidados, será a primeira reunião de trabalho formal entre SDS e representantes do empresariado catarinense, que desde a vitória de Moisés nas eleições de outubro passado se queixa da dificuldade de estabelecer um canal de diálogo mais direto entre o novo governador e a sua equipe.

A proposta é justamente buscar essa aproximação. O governo quer ouvir o que o setor produtivo tem a dizer, aproveitar estudos e análises já feitos por entidades e construir um planejamento estratégico em conjunto que facilite a atração de novos investimentos e geração de empregos no Estado.

Pelo que se conhece da atuação das entidades empresariais, pontos como infraestrutura, principalmente de estradas, logística, incentivos fiscais, desburocratização de processos e estímulo ao empreendedorismo e a novos investimentos certamente estarão em pauta.

As contas

O déficit de R$ 2,5 bilhões estimado pelo governo de Santa Catarina neste ano é fruto de receitas projetadas de R$ 17,8 bilhões e despesas calculadas em R$ 20,3 bilhões. O maior gasto será com folha salarial, incluindo encargos. A conta deverá chegar a R$ 6,65 bilhões.

Não por acaso, os meses de julho e dezembro, quando são pagos a primeira e segunda parcelas do 13º, têm os mais déficits projetados, de R$ 570,7 milhões e R$ 404,3 milhões, respectivamente.

Da dívida de R$ 37,8 bilhões do Estado, calculada ao final do segundo quadrimestre de 2018, 55,2%, o equivalente a R$ 20,9 bilhões, é referente a empréstimos e financiamentos.

Grupo seleto

Santa Catarina é um dos seis estados brasileiros, ao lado de Pará, Roraima, Mato Grosso, Rondônia e Mato Grosso do Sul, cujo PIB deste ano irá superar o de 2014, antes do início da recessão.

A projeção consta em levantamento feito pela Tendências Consultoria Integrada. A expectativa de incremento da economia catarinense em 2019 em relação àquele ano é de 0,2%.

Via NSCTotal – Coluna Pedro Machado