O noticiário sobre a reforma administrativa desperta uma questão: afinal, o que vai mudar na vida do cidadão catarinense? Muda muito. Pelo menos essa é a expectativa. Amparados pelos números disponibilizados ontem pelo governador Carlos Moisés (PSL), na entrega do documento ao presidente da Assembleia Legislativa, deputado Julio Garcia (PSD), nessa segunda-feira (25), podemos concluir que vai sobrar muito dinheiro da atividade meio para investimentos na atividade fim do Estado. Traduzindo, a ideia é economizar na burocracia para sobrar mais para obras, ações e serviços.

A estimativa de economia anual supera R$ 124,3 milhões. Durante os quatro anos de mandato, será quase meio bilhão de reais. Esse número vem da redução de 2.054 cargos comissionados, funções gratificadas e funções de chefia, além da redefinição dos níveis e de cargos e funções, que permitirão a redução de 48% dos cargos. Nesse corte no funcionalismo serão R$ 80,5 milhões. Os outros R$ 43,7 milhões vêm da extinção das Agências de Desenvolvimento Regional, das secretarias do Planejamento e do Turismo, Cultura e Esporte, além de aluguéis.

Três palavras foram escolhidas como norte da reforma administrativa. A “redução” de gastos e na estrutura; a “reorganização” onde havia sobreposição de funções, fato que gerava retrabalho, ineficiência e até conflitos; e a “qualificação”, privilegiando os servidores efetivos e valorizando o conhecimento técnico.

A reforma administrativa vem em boa hora para Santa Catarina. A conferir a postura dos deputados diante do documento, e se o governo colocará em prática aquilo que projetou no papel.

 

Via ND – Coluna Altair Magagnin