Os deputados defenderam o orçamento impositivo e criticaram as reformas trabalhista e previdenciária durante a sessão da tarde desta quarta-feira (22) da Assembleia Legislativa. “Há uma proposta na Casa que só falta vir para este plenário, precisamos dar credibilidade ao Orçamento Regionalizado quando colhemos as sugestões das comunidades, vou ser um dos defensores do orçamento impositivo”, avisou Dóia Guglielmi (PSDB).

Ana Paula Lima (PT) criticou a reforma da previdência proposta pelo governo federal. “Quem não começou com 16 anos, quem não contribui durante 49 anos, não vai se aposentar integralmente, mas quem vai querer se aposentar em percentuais?”, questionou a parlamentar, que citou o caso das professoras. “Se começou trabalhar cedo, vai ficar até os 65 anos, que é a idade mínima, mas será que vai ficar todo esse tempo dentro de uma sala de aula? Olha a gravidade do problema”, ressaltou Ana Paula.

A deputada também lembrou das pessoas com menos de 50 anos, sujeitas à regras de transição. “Isso afeta a vida de cada um de nós, temos reponsabilidade sobre isso, flexibilização e modernização são palavras para enganar a população”, disparou Ana Paula, que classificou a reforma como incentivo à previdência privada. “É isso que o governo quer,  todo mundo dentro de um fundo de pensão, mas se o banco quebra o dinheiro vai junto.”

Já Cesar Valduga (PCdoB) não poupou a reforma trabalhista. “Querem reconhecer o negociado sobre o legislado, as empresas poderão chegar a acordo com trabalhadores sem a intervenção sindical, isso vai enfraquecer os sindicatos, é um desmonte da organização sindical”, fulminou Valduga, acrescentando que pela proposta do governo apenas empresas com mais de 200 trabalhadores terão representantes. “Querem deixar grande parte dos trabalhadores sem representação”, lamentou Valduga.

 

Via Alesc