- AC, MS, MT, TO e RJ mostram maiores altas, diz IBGE
- Menores avanços ocorrem em RS, RO, PA e SP
O PIB (Produto Interno Bruto) cresceu em todos os estados e no Distrito Federal em 2023, apontam dados divulgados nesta sexta-feira (14) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Isso não ocorria desde 2021, segundo o órgão.
Em 2023, as maiores altas ocorreram nos seguintes estados: Acre (14,7%), Mato Grosso do Sul (13,4%), Mato Grosso (12,9%), Tocantins (7,9%) e Rio de Janeiro (5,7%).
Já as menores variações foram encontradas no Rio Grande do Sul (1,3%), em Rondônia (1,3%), no Pará (1,4%) e em São Paulo (1,4%). O PIB do Brasil avançou 3,2% em 2023.

O IBGE disse que o bom desempenho da agropecuária, em especial do cultivo de soja, teve contribuição decisiva para o crescimento registrado por Acre (14,7%), Mato Grosso do Sul (13,4%), Mato Grosso (12,9%) e Tocantins (7,9%).
Já a alta do Rio de Janeiro (5,7%) foi puxada pelo avanço da indústria extrativa, com destaque para petróleo e gás.
3 ESTADOS FICAM ABAIXO DA MÉDIA DO PAÍS
Treze estados mostraram crescimento inferior à média nacional (3,2%).
No Rio Grande do Sul, que teve uma das menores altas (1,3%), o desempenho sofreu impacto da baixa da indústria de transformação, nos ramos de refino de petróleo e fabricação de máquinas e equipamentos, disse o IBGE. O estado também sofreu com estiagem à época.
Em Rondônia, que também mostrou uma das menores variações (1,3%), o crescimento foi limitado pela seca ocorrida na região Norte.
“Isso reduziu a geração de energia elétrica e a atividade de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação”, afirmou em nota a gerente de Contas Regionais do IBGE, Alessandra Poça.
No caso de São Paulo, principal economia do país, o resultado de 1,4% foi impactado pela contribuição negativa da indústria de transformação. O instituto mencionou os segmentos de defensivos agrícolas e fabricação de máquinas e equipamentos.
O Sudeste teve redução de 0,3 ponto percentual em participação no PIB na passagem de 2022 para 2023, ficando em 53%.
Sul (+0,2 p.p.) e Norte (+0,1 p.p.) tiveram aumento, chegando a 16,8% e 5,8%. Já o Nordeste (13,8%) e o Centro-Oeste (10,6%) mantiveram suas participações.
SP E RJ PERDEM ESPAÇO EM 21 ANOS
O IBGE também fez uma comparação mais longa na série histórica, de 2002 para 2023.
Nesse recorte, as regiões Centro-Oeste e Norte registraram os maiores ganhos relativos de participação no PIB do país, com avanços de 2 pontos percentuais e 1,1 ponto percentual.
A única grande região a perder espaço no período foi o Sudeste (-4,4 p.p.). Houve redução nos pesos das economias de São Paulo (-3,4 p.p.) e Rio de Janeiro (-1,7 p.p.).
Por outro lado, o IBGE destacou o caso de Mato Grosso, que teve o maior acréscimo de participação (+1,2 p.p.). Santa Catarina, (+1 p.p.) e Mato Grosso do Sul (+0,6 p.p.) vieram na sequência.
Estados como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul são conhecidos pelo agronegócio, que ganhou força nas últimas décadas.
De 2002 a 2023, o PIB nacional teve aumento médio de 2,2% ao ano. Centro-Oeste e Norte tiveram as maiores taxas de crescimento. As variações foram de 3,4% e 3,2% ao ano.
Enquanto isso, o Nordeste ficou próximo da média nacional, com 2,4% ao ano. Sudeste e Sul registraram as menores elevações (2% e 1,9%).
Entre os estados, Mato Grosso e Tocantins foram os principais destaques, com variações médias de 5,2% e 4,9%. Em seguida, aparecem Roraima (4,5%), Acre (3,9%) e Mato Grosso do Sul (3,7%).
Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul mantiveram-se como os dois estados de menores aumentos médios em volume na série: 1,6% e 1,4% ao ano.

