A pesquisa Síntese dos Indicadores Sociais de 2017, realizada pelo IBGE e divulgada na quarta, mostra que Santa Catarina segue com o menor percentual de pobreza do país e conseguiu melhorar um pouco essa posição de liderança. O percentual de pobres recuou de 9,4% em 2016 para 8,5% em 2017. Esse é um dos indicadores que mostram que o Estado se destaca em qualidade de vida, com desempenho perto do de países do primeiro mundo. A pobreza no Brasil atingiu ano passado 26,5% da população, 2 milhões a mais do que no ano anterior, segundo o levantamento. O IBGE considera a linha de pobreza do Banco Mundial, que é renda per capita inferior a US$ 5,50 por dia (R$ 406 por mês).

Após Santa Catarina, o segundo menor percentual de pobreza ano passado foi o do Rio Grande do Sul com 13,5%, seguido pelo Distrito Federal 13,90, Paraná 14,8 e São Paulo 14,9. No outro extremo, os Estados com maior percentual de pobreza foram o Maranhão com 54,1%, seguido por Alagoas 48,9%, Amazonas 47,9%, Acre 47,7% e Pará 46%.

A pobreza impacta os brasileiros de forma diferente segundo sexo, cor e tipo de formação familiar. Lares liderados por mulheres negras, sem cônjuge, têm renda mais baixa. As diferenças salariais entre homens e mulheres também afetam fortemente a distribuição de renda. No Estado, enquanto o salário médio de homens em vagas formais em 2017 era de R$ 2.755 o de mulheres estava em R$ 2.007.

Para a secretária de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação, Romanna Remor, SC têm baixo índice de pobreza porque o governo estadual têm ação conjunta para os 295 municípios e a baixa taxa de desemprego também influencia positivamente. O secretário de Desenvolvimento Econômico Sustentável, Adenilso Biasus, cita a diversificação da economia.

Esses diferenciais citados pelos secretários são importantes, mas tanto o Brasil quanto SC precisam reduzir ainda mais a pobreza e as desigualdades. Para isso, é preciso melhorar os serviços públicos de educação, saúde e saneamento. Além disso, os empregadores precisam pagar salários semelhantes para funções semelhantes e são necessárias melhorias para elevar a renda média do trabalho.

 

Via NSCTotal – Coluna Estela Benetti