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Em 2022, a produção industrial de SC teve queda depois de liderar crescimento nacional em 2021

Santa Catarina fechou janeiro com retração de -1% na produção industrial frente ao mês anterior (dezembro de 2022), na série com ajuste sazonal. Na comparação com o mesmo mês de 2022, o recuo foi maior, de -4,9% e no acumulado de 12 meses até janeiro houve queda de -4,1%. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O desempenho estadual em janeiro com ajuste sazonal ficou abaixo da média do país, que recuou -0,3% em janeiro frente ao mês anterior, cresceu 0,3% na comparação com o mesmo mês de 2022 e retrocedeu -0,2% nos últimos 12 meses.

Segundo o IBGE, houve queda em oito dos 15 estados pesquisados nesse indicador. As maiores retrações foram no Rio Grande do Sul (-3,4%), São Paulo (-3,1%) e Mato Grosso (-2,0%). Depois, vieram Rio de Janeiro (-1,0%), Santa Catarina (-1,0%), Pará (-0,4%), Paraná (-0,3%) e Bahia (-0,2%).

Os estados que tiveram maior crescimento foram Espírito Santo (18,6%) e Pernambuco (17,3%).  Também fecharam no azul Goiás cresceu (2,5%), Amazonas (2,4%), Ceará (1,5%) e Minas Gerais (0,6%).

A indústria catarinense, a exemplo da Brasileira, vem perdendo ritmo em função da situação econômica do Brasil e do mundo. O setor teve produção acelerada em função da Covid em 2021, quando liderou o crescimento nacional com alta de 10,3%. Em 2022 entrou numa acomodação. Teve a quarta maior queda do país, com retração de -4,3%, atrás do Pará (-9,1%), Espírito Santo (-8,4%) e Ceará (-4,9%).

De acordo com a apuração do IBGE, os setores catarinenses que tiveram crescimento de produção em janeiro na comparação com o mesmo mês de 2022 foram alimentos (2,3%), borracha e plástico (2,1%), e papel e celulose (0,5%).

Os que tiveram retração nessa mesma comparação, segundo o IBGE, foram minerais não metálicos (-26,5%), móveis (-19,7%), produtos de madeira (-19,5%), máquinas e equipamentos (-10,6%), veículos e reboques (-8,5%), têxteis (-6,1%), metalurgia (-5,4%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-4,0%), confecções (-3,8%), produtos químicos (-1,3%) e produtos de metal (-1).

Alguns setores tiveram desempenhos melhores no acumulado de 12 meses, como alimentos (8,2%), minerais não metálicos (-11,3%), máquinas e equipamentos (-5,9%) e veículos e reboques (-1%).

Outros setores sofrem mais, dependendo da conjuntura econômica. No caso de móveis de madeira, há recuo no mercado interno porque os juros estão altos e reduzem vendas a prazo. As vendas de madeiras industrializadas para construção caíram porque as exportações aos Estados Unidos recuaram.

No Brasil, parte das indústrias aguardavam a definição das medidas fiscais para decidir sobre investimentos e, assim, crescer mais rápido. Tudo indica que essas seguem esperando porque as propostas do ajuste fiscal ainda serão votadas pelo Congresso Nacional.

Via NSCTotal – Coluna Estela Benetti