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Clássico ditado popular diz que “dinheiro não traz felicidade”, o que fez muita gente concluir que isso é verdade com a chegada da pandemia. Mas para uma parte das pessoas, o dinheiro dá uma ajudinha, sim. É com base nas condições econômicas dos trabalhadores que o economista Daniel Duque, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV) calcula o “Índice de infelicidade” do Brasil. Ele considera nos cálculos as variações da inflação e a taxa de desemprego dos últimos quatro trimestres. No ranking de março deste ano (veja no final desta matéria), SC ficou em primeiro lugar em felicidade porque registrou a menor percentual de “infelicidade” do país:10%. No levantamento anterior, de 2013, o Estado também liderou com 9%.

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O indicador do professor é elaborado com base nos dados oficiais do Instituto Brasileiro de Economia e Estatísticas (IBGE). Depois de SC, o segundo estado mais feliz é o Rio Grande do Sul com 13% de nota no ranking e o terceiro é o Paraná, com 13,6%.

No outro lado, os maiores índices de infelicidade, ou menores de felicidade ocorreram onde há menos oferta de postos de trabalho. Em 2021, a Bahia ficou no topo dos estados mais infelizes com índice de 24,7%, seguida por Alagoas com 24,3% e Sergipe, 23,9%. Pelo índice, os estados com mais pessoas infelizes estão no Norte e Nordeste.

Considerando a questão do mercado de trabalho, no trimestre encerrado em março, Santa Catarina registrou taxa de desemprego de 6,2%, a menor do país, enquanto a maior foi enfrentada na Bahia e Pernambuco, ambos estados com 21,3%.

– A alta empregabilidade tem muito peso para esta percepção de bem-estar do catarinense. SC ficou em 2ª lugar na geração de novos postos de trabalho em 2020 e em 3º em 2021 (janeiro a maio). O comércio e serviços, setores representados pela Fecomércio SC, são os motores do emprego e respondem por 55% do total da iniciativa privada, o que representa 1.153.519 pessoas – disse Emílio Schramm, vice-presidente da Fecomércio, entidade que representa o maior número de emprego formal no Estado.

Índices sobre felicidade considerando economia apontam rankings assim e, nesse caso, o Brasil aparece entre os países com mais infelicidade. A visão pela economia é apenas uma parte do todo, porque não significa que todo desempregado está triste. Muitos encontram outras alternativas de renda ou têm ajuda da família. De qualquer forma, apesar de liderar o ranking da felicidade SC, no final de março deste ano tinha 228 mil desempregados e mais 40 mil desalentados, pessoas em busca de uma colocação no mercado de trabalho para ser mais feliz.

Estados brasileiros no ranking de “infelicidade”

Ranking de "infelicidade" com base na economia
Ranking de “infelicidade” com base na economia

(Foto: Reprodução)