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Estado vendeu lá fora mais motores elétricos, navios de pesca, caldeiras e sistemas de automação empresarial

A balança comercial de Santa Catarina em fevereiro registrou US$ 820 milhões em exportações, com recuo de 11,8% frente ao mês anterior. As importações chegaram a US$ 2,1 bilhões, 1,65 menos na mesma comparação. Mas um destaque este ano, segundo o Observatório Fiesc foi o crescimento das vendas de bens de capital, itens industrializados de maior valor agregado.

No primeiro bimestre do ano, as exportações de bens de capital – máquinas e equipamentos para produção industrial – alcançaram receita de US$ 195,1 milhões, 32,4% mais que no mesmo período de 2022. De acordo com análise dos economistas do observatório da Federação das Indústrias do Estado (Fiesc), esse foi o maior montante alcançado desde 1997, quando foi iniciada essa série de dados.

Entre os produtos mais vendidos desse grupo estão motores e transformadores elétricos, máquinas e aparelhos mecânicos. Outros destaques são navios para pesca e caldeiras a vapor. Enquanto os primeiros vão mais para os EUA, os navios são exportados ao Chile e as caldeiras, para outros países da América Latina.

Vendas de bens de capital são festejadas porque esse grupo de produtos confirma reconhecimento de que SC fabrica itens com mais tecnologia. Segundo o observatório, também comprova que empresas das Américas estão buscando fabricantes mais próximos para fugir dos impactos da guerra na Ucrânia e de instabilidade da oferta dos chineses, problema registrado durante isolamentos frente à Covid.

Enquanto isso, as agroindústrias já sentem os efeitos do fim da política Covid Zero do governo chinês, com o aumento das exportações de carnes. No bimestre, as exportações de carne de frango responderam por 19,2% da receita total, e de carne suína,12,6%.

Apesar disso, os Estados Unidos seguiram como maior mercado externo de SC no bimestre, com 15% do total, seguidos pela China com 13,7%, Argentina 7,2%, Chile 6,5%, México 5,3% e Japão, 4,2%. No caso das importações, a China foi o principal fornecedor com 40,1%, seguida pelos EUA com 7,8% e Chile 5,7%.

Insumos como cobre refinado (3,2%), revestimentos de ferros (2,9%) e semicondutores (2,5%) seguiram liderando em valores. Contudo, o Observatório chamou a atenção para a redução desses itens devido à queda da produção industrial de SC enquanto ocorreram ampliações de importações na cadeia automotiva.

Vieram por portos de SC mais automóveis prontos da Alemanha e do México, além de mais pneus da China e Vietnã, acessórios para veículos dos EUA e Coreia do Sul. A importação de alimentos também chamou a atenção na balança bimestral de SC com a compra de mais itens da Europa, em especial azeite de oliva, chocolates e queijos, além de bebidas.

Via NSCTotal – Coluna Estela Benetti