Com pressa para fazer a economia sair da recessão, o governo federal anunciou ontem um pacote com 10 medidas voltadas à retomada do crescimento. Entre as principais estão a oportunidade de pagar impostos atrasados e sair do cadastro negativo, mais crédito ao setor imobiliário por meio da regulamentação da Letra Imobiliária Garantida (LIG) e mudanças nos custos elevados de cartões de crédito. Não dá para dizer que essas medidas vão trazer resultados positivos expressivos imediatamente, mas melhoram o cenário econômico junto com a aprovação da PEC dos gastos públicos e começam a ampliar as oportunidades para quem está com as contas no vermelho.

O apoio para pagar impostos atrasados é uma via de mão dupla. Alivia as empresas e pessoas físicas com débitos nessa área e leva dinheiro para o tesouro nacional porque quem paga imposto, paga ao governo federal. Por meio do BNDES, serão liberados recursos para refinanciar dívidas de empresas, uma demanda verificada agora com a crise.

No caso dos cartões de crédito, o plano de permitir preços diferentes com dinheiro e a moeda de plástico não deve trazer muitos resultados para a economia. O maior entrave é o juro do cartão, o mais caro do mundo no caso de atraso de pagamento da fatura. Isso não será sendo atacado.

A redução da multa de 10% do FGTS no caso de demissão sem justa causa é uma reivindicação antiga do setor produtivo catarinense. Também é positivo o plano de pagar parte do lucro do fundo ao trabalhador. Afinal, os 3% mais TR são a pior remuneração de mercado justamente para a poupança do trabalhador.

A intenção do governo é positiva e o que se espera é que atinjam os objetivos para começar a reduzir o desemprego. A redução da taxa básica Selic em janeiro também deverá ajudar.

 

Via DC – Coluna Estela Benetti