O que aquece o varejo catarinense
A superação dos dois anos de recessão, que derrubaram o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 7,2%, deve ocorrer somente em 2020, mas o varejo catarinense vem apresentando um desempenho acima da média nacional, reforçando diferenciais da diversificada economia do Estado.

Em setembro, o volume de vendas do varejo restrito de SC cresceu 15,1% frente ao mesmo período de 2016 e, no ano, acumulou a maior alta do Brasil, 13,4%. No varejo ampliado, que inclui veículos e materiais de construção, o volume de vendas no Estado cresceu 16,6% em setembro frente ao mesmo mês do ano passado e 13,9% no ano, esta também a maior média do país.

É claro que a liberação dos recursos das contas inativas do FGTS ajudou, mas o crescimento do agronegócio e da indústria do Estado teve significante contribuição. Enquanto o agro praticamente não sentiu a crise, o setor de transformação acumulou alta de 3,6% de janeiro a setembro e lidera a geração de novos empregos no Estado, que somou um total de mais de 37 mil vagas entre janeiro e setembro.

Isso trouxe confiança ao consumidor de que o pior da crise já passou e dá para comprar com menos medo. A maioria dos catarinenses também conseguiu colocar as contas em dia porque a inadimplência voltou ao nível histórico de 3% no Estado. Há ainda a maior oferta de crédito para veículos e imóveis.

A pesquisa de setembro do IBGE sobre o varejo ampliado mostra a recuperação desses dois setores. No caso de veículos, as vendas no mês cresceram 16,4% frente ao mesmo período de 2016, no ano avançaram 11,9% e nos últimos 12 meses, 5,8%. No setor de material de construção, em setembro houve alta de 10,3%, no ano, 2,1% e em 12 meses, 0,2%. A recuperação mais forte vem ocorrendo nos últimos meses, o que sinaliza que a demanda neste final de ano será positiva.

 

Via DC – Coluna Estela Benetti