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A pipoca foi o produto com a maior variação de preços, segundo a apuração do ICV da Udesc (Foto: José Somensi, Divulgação)

Inflação acumulada no ano e em 12 meses supera a meta do Banco Central, que é de 3,25% para 2023

A alta de preços teve ritmo menor em setembro e não atingiu os grupos de produtos e serviços que mais pesam no bolso do consumidor – transporte e alimentação. Mas, no geral, os preços subiram 0,31% em Florianópolis. A variação foi menor do que a alta de 0,46% do mês anterior, agosto.

Desta vez, os preços ficaram mais caros nos grupos de habitação, com 1,76%, e saúde e cuidados pessoais, 1,85%. O Índice de Custo de Vida (ICV), que mostra a inflação catarinense, é calculado pelo Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag) da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), com apoio da Fundação Esag (Fesag). No ano, a alta chegou a 4,22% e nos últimos 12 meses, 5,45%.

No grupo habitação, os preços foram pressionados pelos custos de reparos (5,65%). Segundo o coordenador do índice, Hercílio Fernandes, subiram os custos de mão de obra, azulejos, materiais de construção e combustível.

No grupo saúde e cuidados pessoais, a alta veio do sub-grupo cuidados pessoais, de 6,76%. O que pressionou foram os produtos de higiene, que tiveram reajustes.

A dupla que quase sempre pressiona mais, desta vez teve deflação. O grupo de alimentação, que pesa 21,25% do total do índice, teve queda de -0,11%. O grupo transportes, que responde por 21,51% do índice, caiu -0,25%, com o recuo de -0, 6% dos combustíveis para carros e -5% nas passagens aéreas.

Nos demais grupos pesquisados pela Udesc, tiveram retração artigos de residência (-0,33%), vestuário (-1,33%) e comunicação (-1,12%). Tiveram alta os grupos de despesas pessoais (0,52%) e educação (0,25%).

Pipoca, alface e cebola em alta

No grupo de alimentos, as maiores variações positivas de preços em setembro, nos supermercados de Florianópolis, foram na pipoca (6,68%), alface (5,50%), cebola (5,29%) e tomate (5,46%).

As maiores quedas foram nos preços da batata inglesa (-11,44%), beterraba (-6,47%), melancia (-6,47%) e no leite condensado (-4,23%). O sub-grupo de carnes, que pesa no orçamento, teve queda de -0,99%. A alimentação fora de casa aumentou 0,06% com alta do frango assado (4,11%) e batata frita (3,35%).

O levantamento de preços realizado pela Udesc segue o método do IBGE para apurar a inflação oficial do país, o IPCA. O levantamento envolve preços de quase 300 produtos e serviços.

Via NSCTotal – Coluna Estela Benetti