Durante os três meses fortes da temporada de verão 2017/2018 – dezembro, janeiro e fevereiro – Santa Catarina atraiu 2,5 milhões de turistas que geraram um impacto de R$ 10,1 bilhões na economia, segundo cálculos da Fundação Getúlio Vargas (FGV-Rio de Janeiro). Desse total de visitantes, 2,09 milhões eram brasileiros e 383 mil estrangeiros. O estudo foi encomendado pela Embratur e realizado com base na pesquisa turística da Fecomércio – SC, informações da Infraero, Polícia Federal e Ministério do Turismo. Segundo o presidente da Embratur, Vinícius Lummertz, esse é o primeiro estudo e outros podem ser feitos nos próximos anos para mostrar a força do turismo na economia catarinense e a necessidade de investir mais no setor. 

Com base nos dados, a FGV utilizou a matriz do IBGE que mostra o efeito multiplicador do impacto dos gastos dos visitantes em diversas camadas da atividade turística, explica o professor da instituição, Luiz Gustavo Barbosa. O turismo envolve 52 atividades diferentes. A primeira camada, que tem o impacto mais direto, é integrada por hotéis, estabelecimentos de alimentos e bebidas, transportes, atrativos e compras. A segunda envolve energia, comunicação, serviços financeiros, agricultura, serviços gerais e combustíveis. A terceira camada inclui pessoal, fornecimento de insumos, setor imobiliário, hospitais, entretenimento e logística. 

Conforme a projeção, esse impacto econômico gerou R$ 735 milhões em impostos municipais, estaduais e federais. Nesses três meses, o setor envolveu o trabalho de 299 mil pessoas, sendo 123 mil trabalhadores diretos e 176 mil indiretos. 

– Esse estudo joga uma luz sobre um setor que dá uma contribuição muito grande para a economia do Estado.  Foi importante fazer nesse verão que foi o melhor para o turismo brasileiro. No caso do Rio de Janeiro, o movimento só perdeu para junho de 2014, período da Copa do Mundo – disse Lummertz.  Segundo ele, nas últimas campanhas eleitorais pouco se falou no turismo como importante setor para geração de emprego e renda. 

– No Brasil, durante as campanhas eleitorais, se discute muito a questão da gastança e não a ‘ganhança’. Para ter mais recursos para investir em educação e saúde, é preciso ganhar mais – alerta o presidente da Embratur. 

Outro ponto positivo, segundo Walter Vasconcelos, diretor de Marketing da Embratur, foi o baixo investimento em divulgação feito na América Latina. Com US$ 5 milhões e foco em mídias sociais, foi possível atrair mais visitantes ao país. 

SC com ITA e alemães

Santa Catarina e o Brasil dão mais um passo para avançar na indústria 4.0. Foi lançado esta semana o Fraunhofer Project Center for Advanced Manufacturing @ ITA, uma parceria de longo prazo entre os centros de pesquisa do Brasil e da Alemanha. A primeira reunião do conselho curador desse acordo ocorreu terça em São José dos Campos, São Paulo e um dos palestrantes do evento foi o presidente da Fiesc, Glauco José Côrte, que é um dos conselheiros dessa parceria focada em pesquisas na área de manufatura avançada para indústrias do Brasil e da Alemanha. Alem de Côrte, palestraram no evento o diretor regional do SENAI, Jefferson Gomes, e o fundador da Welle Laser, Gabriel Bottós, confirmando que SC está na vanguarda da indústria 4.0.

Via NSCTotal – Coluna Estela Benetti