Região tem crescimento, mas segue abaixo da média estadual em indicadores como empregos e exportações
O Boletim de Conjuntura Econômica de novembro mostra que o Sul catarinense mantém um ritmo moderado de crescimento em 2025. Elaborado com base em dados oficiais e disponibilizado pela Associação Empresarial de Criciúma (Acic), o documento revela que a mesorregião registra variações positivas em relação ao ano passado, mas também apresenta recuos e desempenho inferior à média estadual.
A abertura de empresas segue como um dos pontos fortes da economia regional. Entre janeiro e outubro, o saldo entre CNPJs abertos e fechados chegou a 13.956, o maior dos últimos cinco anos para o período, atrás apenas de 2021, quando o número foi de 14.397. Na comparação com o mesmo período de 2024, o crescimento é de 15%, embora abaixo da média catarinense, de 16,9%.
No mercado de trabalho formal, o saldo entre contratações e desligamentos também foi positivo entre janeiro e setembro, acompanhando o comportamento estadual. Mesmo assim, o ritmo de expansão diminuiu: houve queda de 14,3% em relação ao ano anterior, enquanto Santa Catarina recuou 27,3% no mesmo comparativo.
O desempenho mais negativo vem do comércio exterior. Conforme o boletim da Acic, até outubro, as exportações do Sul de SC tiveram queda de 28,4%, contrastando com a leve alta de 1,4% registrada no Estado. As importações, por outro lado, cresceram 5,3% na região e 1,6% em Santa Catarina.
Arrecadação segue tendência estadual
A arrecadação de impostos no Sul permanece próxima da média estadual. O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) registrou aumento de 0,7% no acumulado até outubro, ligeiramente acima da média catarinense, de 0,2%. Já o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) teve alta de 4,2% na região, abaixo dos 5,4% observados no Estado.
O boletim também reúne dados sobre consumo de energia elétrica e frota de veículos em Criciúma, no Sul e em Santa Catarina. O documento completo pode ser consultado no site da Acic.
Comparativo entre mesorregiões
Também publicada pela Acic, a Síntese Econômica das Mesorregiões mostra como o Sul se posiciona frente às demais regiões catarinenses. No acumulado entre janeiro e outubro, o Sul teve o segundo menor saldo de abertura de empresas, à frente apenas da Serra. O Vale do Itajaí lidera com mais de 40,6 mil novos registros, enquanto o Norte apresenta o maior crescimento percentual, de 19,8%.
Todas as regiões catarinenses seguem com saldo positivo na geração de empregos, mas com desempenho inferior ao de 2024. A maior retração foi registrada no Norte: -38,4%.
No comércio exterior, o Vale do Itajaí permanece na liderança das exportações, com US$ 6,2 bilhões negociados e crescimento de 15,6%. A maior alta percentual foi da Grande Florianópolis, com 21,3%. A região do Vale também concentrou o maior volume de importações, mais de US$ 17,2 bilhões, alta de 3,5%. Nesse comparativo, a Serra teve o maior aumento percentual, de 33,5%.
Via NSCTotal

