O pagamento do 13º salário para trabalhadores do mercado formal, aposentados e pensionistas de Santa Catarina, vai colocar R$ 8,4 bilhões na economia estadual, principalmente no período de 30 de novembro e 20 de dezembro. A projeção foi feita pelo Departamento de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), e a cifra total é 4,35% superior a do ano passado, quando o 13º estimado para SC somou R$ 8,05 bilhões. O valor pago este ano representa 4,2% do total do Brasil, 25,8% da Região Sul e em torno de 3,1% do PIB estadual. Algumas categorias já tiveram parte do valor antecipado.

A economia brasileira deverá receber de 13º salário R$ 200,5 bilhões, 1,93% a mais do que em 2016, quando o montante estimado ficou em R$ 196,7 bilhões. Pesquisa do Instituto Ipsos apurou que 42,9% dos brasileiros vão usar o salário extra de final de ano para pagar dívidas.

No Estado, os trabalhadores da ativa dos setores público e privado representam 61,5% do total, enquanto aposentados e pensionistas do INSS e do setor público 38,5%. Os trabalhadores domésticos com carteira assinada respondem por 1,5%. Somando todos, o Dieese chegou a 3.675.973 beneficiados com o 13º. Nesse cálculo geral não estão incluídos aposentados e pensionistas de fundos privados de pensão. Dos R$ 8,4 bilhões, os empregados com carteira assinada ficarão com 70,8% (R$ 5,9 bilhões), quem recebe pelo INSS, 29,2% (R$ 2,4 bilhões) e aposentados e pensionistas do Estado ficarão com 5,2% (437 milhões).

Os trabalhadores assalariados dos setores público e privado no Estado somam 2.205.135 e receberão de 13º um valor médio de R$ 2.651,62. Aposentados e pensionistas são 1.416.658 e receberão média de R$ 1.721,94.  Os empregados domésticos somam 54.000 e ficarão com média de R$ 1.267. Entre os aposentados e pensionistas, o Dieese apurou que há 437.901.167 do governo do Estado e 56.556.540, do regime próprio dos municípios. Mas os vencimentos médios dessas categorias não foram informados. O levantamento foi baseado em dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), Caged, Pnad, INSS e Secretaria do Tesouro Nacional.

 

Via DC – Coluna Estela Benetti