Ministro da Fazenda defende medidas fiscais para o Brasil voltar a crescer.
Ele participou de encontro em Maceió com secretários de vários estados.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, reafirmou, na manhã desta sexta-feira (11), a necessidade de adotar medidas para garantir a meta de superávit primário de 0,7% do PIB, o percentual é equivalente a R$ 34,4 bilhões do PIB de 2016.

Levy também admitiu que o governo está “gastando muito mais do que tem”.

“Disso [alcance da meta] depende a gente voltar a ter condições de crédito melhores. A gente tem que ter bastante cuidado com relação ao ano que vem para não ter um outro ano de déficit primário. A gente realmente está gastando muito mais do que a gente tem, e é complicado”, avaliou Levy.

Ele falou sobre o cenário econômico do país durante encontro em Maceió com secretários de diversos estados e citou Alagoas como exemplo de ajuste fiscal, que hoje trabalha com o superávit de 20,1%.

Garantir o superávit primário significa organizar as receitas para que elas não sejam menores que as despesas, gerando déficit. Se o saldo for negativo, cai a confiança na economia do país, provocando rebaixamento do Brasil e perda de grau de investimento, como já aconteceu este ano epode acontecer mais uma vez por uma segunda agência de classificação de risco.

A reunião em um hotel na capital alagoana começou na última quinta (10), mas só teve a participação do ministro nesta manhã.

O encontro faz parte do 10º Comitê Nacional de Secretarias da Fazenda (Consefaz), que pretende promover a integração entre as Secretarias da Fazenda, Finanças, Receita e Tributação dos estados e do Distrito Federal, além de melhorar a gestão financeira tributária das unidades federativas.

Brasil no século XXI
“A gente tem que fazer reformas, a gente tem que fazer o mercado funcionar melhor, ter mais concorrentes. A presidente Dilma está fazendo esse trabalho para abrir a economia, para a gente poder exportar mais e também fazer parte de uma cadeia de valor. Enfim, temos que trazer o Brasil, em alguns aspectos, para o século XXI”, ponderou o ministro.

Ele admite não ser fácil atingir essa meta, mas acredita que é possível fazê-lo, desde que se tenha vontade, imaginação, muito trabalho e vontade política para conseguir uma virada fiscal e melhorar a economia, citando Alagoas como exemplo.

“Em Alagoas, se tem um exemplo de que na hora que se quer acertar as coisas, se consegue. Claro que o governador [Renan Filho-PMDB] teve que usar seu capital político, persuasão para executar, mas acho que a virada fiscal de Alagoas é exemplo que é possível ter uma meta. Mas tem que trabalhar”, ressaltou.

 

Via G1