Começam nesta terça-feira na Assembleia Legislativa os debates sobre o projeto da reforma administrativa do governo Moisés da Silva, com a primeira das três audiências públicas e participação dos deputados que integram as três principais comissões técnicas do parlamento.

O relator da matéria, deputado Luiz Fernando Vampiro (MDB), tem recebido indicações de dezenas de emendas. Elas terão conteúdo geral e específico sobre a situação de empresas, extinção e criação de órgãos públicos e até sobre o novo organograma.

Há sentimento predominante entre os deputados de que a delegação de poderes ao chefe do Executivo não será mantida. O alerta foi dado pela deputada Luciane Carminatti (PT), quando condenou com a maior veemência os superpoderes transferidos pelo projeto ao governador, equiparando-o aos czares da monarquia russa.

Segmentos empresariais também questionam a extinção da Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte e técnicos aliam-se a servidores contra a extinção do Deinfra e do Deter. A incorporação do Deinfra pela própria Secretaria de Infraestrutura é avaliada como grande retrocesso. Os engenheiros mais experientes recordam a atuação produtiva e eficaz do extinto DER, com suas residências espalhadas pelo interior do Estado, garantindo conservação das rodovias estaduais. O Deinfra acabou com tudo. E, agora, o governo liquida com o Deinfra.

Avaliam que a proposta está na contramão da história e da conjuntura estadual, cujo problema maior está na infraestrutura.

Via NSCTotal – Coluna Moacir Pereira