Um comunicado emitido pela GBTFoods anunciou o encerramento das atividades daquela agroindústria em Ipuaçu, no Oeste de SC, acendendo o sinal de alerta no segmento do agronegócio catarinense. Com uma frigorífico e uma fábrica de ração, a empresa emprega hoje 2 mil empregados. Tem papel relevante na receita da Prefeitura. Só em ISS arrecada mais de um milhão anuais ao município, que tem receita total de R$ 25 milhões.

Relevante foi a justificativa dos dirigentes, ao enfatizarem que “várias empresas do setor de proteína animal estão suspendendo suas atividades devido a crise econômica, escassez de crédito, instabilidade política, alta dos insumos (milho e farelo de soja) e forte queda nos preços de venda”. Na situação atual, os preços pagos pelas 90 mil aves abatidas diariamente não chegavam nem aos custos de produção.

O agronegócio no Oeste atravessa uma conjuntura delicada. Para manter os atuais níveis de criação de aves e suínos é indispensável a importação de 60% do milho consumido. Ele vem do Mato Grosso e do Paraná. E há um percentual que é importado do Exterior, com elevações ainda maiores dos custos, pelo aumento diário na cotação do dólar. Avicultores e frigoríficos não tem como repassar os preços aos consumidores nestes tempos de grave crise econômica.          

A Federação da Agricultura promove nesta sexta-feira (8), em Palhoça, o Seminário Estadual de Líderes Rurais, presentes diretores da Faesc e CNA, além dos presidentes dos Sindicatos Rurais. Entre os temas, as perspectivas do agronegócio e o aumento da criminalidade no campo.

Via NSCTotal – Coluna Moacir Pereira