Os consumidores de energia de Santa Catarina atendidos pela Celesc terão, a partir de 22 de agosto, um reajuste tarifário na conta de luz que poderá variar de 4% a 6%. Essa projeção é feita pela distribuidora de energia com base nos custos gerenciáveis e não gerenciáveis. Ele praticamente vai anular a redução de preço de 4,1% da revisão tarifária do ano passado, mas continuarão pesando os tarifaços da confusão do governo de Dilma Rousseff, que impôs ao Estado alta de 22,62% em agosto de 2014, mais 34% em fevereiro de 2015 e 3,6% em agosto do mesmo ano. Segundo o presidente da Celesc, Cleverson Siewert, apesar de todos esses reajustes, a conta de luz dos catarinenses, em média, teve uma queda de 15% frente a inflação nos últimos 10 anos. A alta deste ano será quase toda para pagar indenizações de transmissoras em função de perdas que tiveram em ativos com a MP 579 de 2012. A Aneel reconheceu dívida de R$ 7 bilhões nessa conta, que começa a ser cobrada agora.

Siewert explica que o reajuste visa o equilíbrio econômico-financeiro da concessão e é composto pela parte não-gerenciável pela Celesc, que é 85%, a gerenciável, 15%. A transmissão de energia está nos custos não-gerenciáveis, junto com compra de energia e encargos setoriais. A compra de energia não terá custo este ano porque o governo implantou as bandeiras tarifárias que compensam os custos no mês subsequente. E os encargos setoriais CDE e Proinfra deverão ter uma redução de 1% a 2%.

– Na parcela B, a gente não vê aumento significativo. Por isso, fazendo uma perspectiva, olhando o contexto como um todo, imaginar um reajuste tarifário de 4%, 5% a 6% nos parece factível. É lógico que a Aneel pode incluir algum componente financeiro que não vemos, por isso estimamos esse reajuste – afirma Siewert.

 

Via DC – Coluna Estela Benetti