Dados oficiais são analisados pelo Sindifisco

A arrecadação total de Santa Catarina registrada no mês de junho foi de R$ 2,99 bilhões, o que corresponde a crescimento de 41,9% na comparação com junho de 2020. Em relação ao mês anterior o aumento da receita total foi de apenas 0,5%, em boa parte, pela queda 12,7% nos repasses federais. Informações divulgadas pelo Sindifisco, o crescimento do ICMS em junho foi de 1,7%, no comparativo com maio.

Para o presidente do Sindifisco/SC, José Antônio Farenzena, o desempenho é resultado da combinação de dois fatores: a retomada da atividade econômica catarinense e a eficiência do controle e monitoramento do fisco estadual.

Nota divulgada pelo Sindicato acrescenta: “Atualizamos a arrecadação de 2019, anterior à pandemia e, mesmo assim, tivemos crescimento nominal superior a 21%”, compara. De acordo com Zeca, em termos reais, descontada a inflação de todo o período desde junho de 2019 (dois anos), a arrecadação cresceu 15% neste mês de junho, “o que destaca a força da atuação conjunta fisco-sociedade em Santa Catarina”.

E prossegue: “Na avaliação de Farenzena, a pandemia explicitou a importância da arrecadação pública para a manutenção de uma vida “normal”, mesmo em meio ao caos. “O dinheiro da arrecadação vem garantindo uma série de investimentos importantes, como os R$ 600 milhões repassados para a ativação de leitos de UTI na rede privada e os R$ 300 milhões para a compra de vacinas. Também saiu da arrecadação o recurso para a nomeação de mais de dois mil profissionais em áreas prioritárias como Saúde e Segurança”, observa o presidente.”

A arrecadação das gerências regionais da Secretaria de Estado da Fazenda segue sendo destaque em junho, com crescimento de quase 100%, num claro reflexo do trabalho de monitoramento e fiscalização dos auditores fiscais. Houve desempenho positivo no setor de automóveis e autopeças (150,3% de crescimento) e na indústria têxtil (80,2% de incremento).

Também puxaram a alta os setores de combustíveis (73,7%), materiais de construção (52,4%), transportes (50,3%), indústria metalmecânica (47,2%), agroindústria (36,3%) e energia (33,1%) – este último já é reflexo da nova bandeira aplicada devido à crise hídrica enfrentada no País. “A nossa preocupação ainda está nas dificuldades cambiais e de importação de mercadorias e matéria-prima: a paralisação de algumas linhas de produção devido a dificuldades de logística e fornecimento de componentes eletrônicos sempre tem algum reflexo nas nossas indústrias”, completa o diretor Pinetti.

Via NDmais – Coluna Moacir Pereira