Arrecadação de SC tem pior desempenho em 12 anos.

 

Apesar de alguns sinais de reação da economia e de o setor privado estar mais confiante, a receita do Estado, incluindo ICM e transferências da União, teve queda real (descontada a inflação) de 5,27% em julho frente ao mês anterior. Em valores, essa retração significou R$ 100 milhões a menos para o tesouro estadual. Segundo o governador Raimundo Colombo, este foi o pior mês das contas do Estado, pelo menos nos últimos 12 anos.

Para ele, o quadro é preocupante e só não está mais grave porque SC conseguiu renegociar a dívida com a União, aprovar o aumento da alíquota dos servidores para a Previdência e a unificação dos fundos. Na comparação com julho do ano passado, a receita tributária cresceu 0,13%, considerando os repasses da União. O acumulado de janeiro a julho registrou alta 3,75%, mas considerando a inflação do período (8,84%) houve uma queda real de 5% frente aos mesmos meses do ano passado.

Apesar dessa redução de receita, o governador adianta que conseguirá fechar as contas até o final do ano. Contudo, prevê um cenário muito difícil para 2017 se a economia não mostrar sinais de recuperação imediatamente.
– Do jeito que a arrecadação está caindo, não tem milagre que salve as contas públicas – desabafou o governador.

Apesar disso, ele informou que mantém o propósito de não elevar o ICMS incidente sobre os combustíveis, energia elétrica e comunicações. Essa decisão de não aumentar a carga, promessa que fez na campanha, é um diferencial frente a outros Estados para atrair investimentos. Segundo o secretário de Estado da Fazenda, Antonio Gavazzoni, enquanto a arrecadação está em queda, a folha cresceu R$ 91 milhões. Mesmo assim, o Estado mantém a folha do funcionalismo sem atraso e conseguiu antecipar a metade do 13º salário em julho.

 

Via DC – Coluna Estela Benetti