Aquela expressão de que a pandemia ainda vai piorar em Santa Catarina começa a ficar mais perto da realidade. Os números de casos cresceram no Estado em poucos dias diante de um isolamento social que se mostra insuficiente, de apenas 46% durante a semana. Há avanço da doença em cidades menores onde existem menos recursos para atendimento.

Essa expansão de casos sinaliza que a retomada de atividades foi feita muito rápida, quando os números de infecção comunitária ainda estavam crescendo. O que se espera é que o governo do Estado, em meio à nomeação de um (a) novo (a) titular para a pasta da Saúde, busque alternativas para evitar a saturação do sistema de atendimento hospitalar. Essa incerteza sobre a falta de controle da pandemia pode ampliar ainda mais a crise econômica. Os consumidores não se sentem seguros para ir às compras.

A Epagri acaba de divulgar que reuniu um grupo de especialistas e criou o Sistema de Informações Geográficas (SIG) para apoiar decisões na pandemia. Informa que esse sistema consegue monitoramento regional até por bairro e que os dados já estão sendo usados. O que se espera é que seja um sistema efetivo para prevenir uma saturação do sistema de saúde.

E como estamos no início de maio, começam a ser divulgados dados mostrando o impacto do coronavírus na economia no mês de abril. A Fecomércio-SC divulgou hoje três pesquisas que retratam esse novo momento. O índice de confiança do empresário do comércio caiu em abril 13,93%, a intenção de consumo das famílias teve retração de 7,6% e o percentual de endividados caiu de 51,5% para 49,2%.

Este último número é positivo, redução de pessoas com dívidas. É um reflexo da retração do consumo em função do isolamento social, mas não significa que as pessoas vão voltar a consumir mais. Os tempos são de incerteza sobre emprego e renda. Então, boa parte das pessoas que estão gastando menos hoje deve poupar.

O presidente da Fecomérico, Bruno Breithaupt avalia que, no momento, as medidas mais importantes para conter a queda no consumo e a confiança do empresário são as políticas de manutenção do emprego e da renda. O juro baixo também pode ajudar.

Para as empresas, a recomendação do presidente da Fecomércio é que elas procurem atende o consumidor de acordo com o momento, inovando, ampliando vendas online e adotando outras mudanças para atender durante essa fase difícil de pandemia.

Via NSCTotal – Coluna Estela Benetti