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Governador de SC cogita trocas, tanto por necessidade como por opção própria

Seja por necessidade ou opção própria, o governador Jorginho Mello (PL) deve fazer mudanças no secretariado no final deste ano. Em dezembro, a tendência é que ele anuncie um movimento de saídas e entradas nos comandos de algumas pastas, sendo parte delas de alta relevância dentro do Executivo. As trocas envolvem seis secretarias e uma empresa pública, conforme apurado pela coluna nos bastidores. Três nomes já vão sair pensando nas eleições municipais de 2024. Os demais fazem parte da avaliação do governador de cada um nas pastas para as quais foram nomeados.

Pelos movimentos eleitorais, quem sai é a secretária de Saúde, Carmen Zanotto; o secretário da Casa Civil, Estêner Soratto; e o secretário de Administração, Moisés Diersmann. Carmen vai disputar a prefeitura de Lages. Ela pretende se filiar ao PL, mas precisa de liberação do Cidadania para tal. Soratto é pré-candidato em Tubarão, e Diersmann tentará a prefeitura de Joaçaba. Pela legislação eleitoral, a saída do cargo de secretário para quem pretende disputar a eleição municipal deve ocorrer em abril de 2024. Entretanto, como pretende ajustar o secretariado, Jorginho adiantará estas trocas.

Os substitutos ainda não estão definidos. No caso da Saúde, a única certeza é que o secretário-adjunto, Diogo Demarchi Silva, seguirá na mesma função, a pedido de Carmen. Já na Casa Civil, o nome mais forte é o de Filipe Mello, filho do governador. Filipe já ocupou a mesma função na prefeitura de Florianópolis, no começo do primeiro governo Gean Loureiro, em 2016.

O martelo ainda não está batido. Jorginho e o filho estariam conversando sobre o assunto. Ambos cogitam também escolher outro nome, mas ainda não teriam encontrado uma alternativa. Há alguns meses, um movimento dentro dos Poderes começou a pedir que Filipe assuma a Casa Civil por ser uma figura que já vem circulando nos bastidores e ajudando nas articulações do governo.

Por fim, uma troca pontual deve ocorrer na secretaria de Portos, Aeroportos e Ferrovias, onde o secretário-adjunto, Robison Coelho, é pré-candidato a prefeito de Itajaí pelo PL. A saída dele, porém, deve ser efetivada somente em abril de 2024.

Saídas por opção de Jorginho

As outras quatro trocas ocorrerão por avaliação de desempenho. Jorginho pensa em substituir o secretário de Proteção e Defesa Civil, o coronel Armando dos Reis, o secretário de Agricultura, Valdir Colatto, o secretário de Comunicação, João Debiasi, e o presidente da Celesc, Tarcísio Rosa. Mais uma vez, assim como nas outras mudanças, não há confirmação de quem entra.

Na Agricultura, um dos desejos internos do governo é ter o deputado federal Rafael Pezenti (MDB) como secretário. Mas as conversas ainda não avançaram. Já na Defesa Civil, as enchentes recentes pesam para o entendimento do interno de que a pasta precisa de uma troca no comando.

A entrada de novos partidos na base com a indicação de secretários ainda é discutida no governo. Jorginho avalia se esta seria o momento para ceder os espaços, ou se isto poderia ser feito mais para frente. Uma das decisões é que o MDB deve ganhar mais atenção nas indicações.

Via NSCTotal – coluna Ânderson Silva