O Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) deixou de analisar mais de 8 mil processos, que poderiam render R$ 35 bilhões em impostos, por ter paralisado as atividades desde o fim de março. O levantamento foi feito pelo escritório Amaral, Yazbek Advogados, a pedido do Valor Econômico, e levou em conta a média mensal de julgamentos e valores envolvidos. Os serviços do Carf foram paralisados por causa da Operação Zelotes e deve ser retomado ainda neste mês. Com a retomada, processos importantes, como o de desmutualização da Bovespa, podem ser discutidos. Há ainda discussões bilionárias sobre ágio que aguardam decisão da Câmara Superior, em um processo envolvendo o Santander. Os nomes dos novos integrantes do Carf serão definidos pelo Ministério da Fazenda, que deve analisar listas tríplices elaboradas pelo Comitê de Acompanhamento, Avaliação e Seleção de Conselheiros. Fontes do Valor afirmam que o perfil dos nomes inclui candidatos no começo de carreira e mais experientes.

 

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