Santa Catarina aparece na sétima posição no ranking nacional de consumo, segundo amplo levantamento feito pela IPC Maps, em todo o território brasileiro. O Estado tem potencial de consumo projetado para este ano no montante de R$ 206,14 bilhões.

O Estado participa com 4,61667% do bolo total. O estudo ainda mostra que o PIB per capita dos catarinenses é de R$ 30.384,36. Em baixa por conta da pandemia do coronavírus, o consumo nacional deve se igualar a índices de oito anos atrás . A pesquisa estima retração nacional de 5,39%, a maior desde o ano de 1995.

Com a pandemia do novo coronavírus, o consumo das famílias brasileiras ficará comprometido ao longo de 2020, se igualando aos patamares de 2010 e 2012, descartando a inflação, e levando em conta apenas os acréscimos ano a ano. A projeção é uma movimentação de R$ 4,465 trilhões na economia — uma queda de 5,39% em relação a 2019 e, a uma taxa também negativa do PIB de 5,89%.

Esse resultado cria um efeito déjà-vu, já que a economia “retomará os índices dos últimos anos em que houve um progresso vigoroso”, diz Marcos Pazzini, diretor coordenador da pesquisa.

O especialista ressalta que no início de março, antes desse cenário de pandemia e isolamento social, “a previsão do PIB para 2020, conforme o boletim Focus do Banco Central, era de alta de 2,17%, o que resultaria numa projeção do consumo brasileiro da ordem de R$ 4,9 trilhões, superando os R$ 4,7 trilhões obtidos no ano passado.

O levantamento aponta que, a exemplo de 2019, as capitais seguirão perdendo espaço no consumo, respondendo por 28,29% desse mercado. Enquanto isso, o interior avançará com 54,8%, bem como as regiões metropolitanas, cujo desempenho equivalerá a 16,9% neste ano.

Esta edição do IPC Maps destaca, ainda, a redução na quantidade de domicílios das classes A e B1, o que elevará o número de residências nos demais estratos sociais. Para Pazzini, “essa migração das primeiras classes impactará positivamente o consumo da classe B2, com uma vantagem de 6,8% sobre os valores de 2019”. As outras classes, por sua vez, terão queda nominal do potencial de consumo de 2,94% em relação ao ano passado.

O Brasil possui mais de 211,7 milhões de cidadãos, sendo 179,5 milhões só na área urbana, que respondem pelo consumo per capita de R$ 23.091,50, contra os R$ 9.916,75 gastos individualmente pela população rural.

Base consumidora

Neste ano a classe B2 lidera o cenário de consumo, representando mais de R$ 1 bilhão dos gastos. Junto à B1, estão presentes em 20,9% dos domicílios, sendo responsáveis por 41,1% (R$ 1,7 trilhão) de tudo que será desembolsado pelas famílias brasileiras.

Se para a classe média a migração da classe alta para os demais estratos é positiva, para quase metade dos domicílios (48,7%), caracterizados como classe C, o total de recursos gastos cai para R$ 1,475 trilhão (35,6% ante 37,5% em 2019).

Já a classe D/E, que ocupa 28,3% das residências, consome cerca de R$ 437,9 bilhões (10,6%). Mais enxuto, em apenas 2,1% das famílias, o grupo A reduz seus gastos para R$ 528,6 bilhões (12,8% contra 13,68% do ano passado).

O mesmo acontece na área rural que, embora no ano passado tivera uma evolução significativa, neste ano perde de R$ 335,9 para R$ 319,6 bilhões.

Cenário regional

A região Centro-Oeste ampliou em 7,9% sua participação no consumo, respondendo por 8,86% dos gastos nacionais. Encabeçando a lista, embora com pequenas contrações, aparece o Sudeste com 48,42%, seguido pelo Nordeste, com 18,53%. A região Sul, que em 2019 tinha reduzido sua fatia, volta a subir para 17,97%, com o Norte fechando o bolo.

Via NSCTotal – Coluna Claudio Loetz