Governante que soube utilizar os critérios legais, permitindo chegar ao final do exercício sem pendências fiscais, recebe prêmios. Ora bolas! Nada mais justo e obrigatório que tal fato se suceda. Como numa inversão de valores, o que era para ser o óbvio vira a exceção.
Pois bem! Ainda que redundante, a engenharia “começa lá no início”, na montagem da equipe de colaboradores. Em todas as gestões públicas, as promessas de contenção de gastos para a aplicação dos investimentos nas áreas cernes da sociedade, como educação, saúde e segurança, são questão de honra. Mas na prática, a história é outra. Os conchavos das campanhas políticas tem que se concretizar. Então, para o bem de meia dúzia, escolhe-se mal (profissionais desqualificados ou devidamente “preparados”), gerencia-se pior ainda (pelo desconhecimento ou por ingerência para que o erro prevaleça – licitações fraudulentas, por exemplo), e o resultado não poderia ser pior: superfaturamentos e obras de péssimos acabamentos.

No meio do caminho, esses apaniguados, antes meros servidores, empregados ou empresários com poucas posses, enriquecem. Boquiaberto fica quem os conhece, como um amigo meu, que desabafou: “Poxa vida! Tenho faculdade, trabalho em dois locais, continuo cursando outra faculdade e não tá fácil para ganhar o pão”, e prossegue, furioso: “Esses “cabras”, de uma hora pra outra, surgem ostentando patrimônios que levara anos para aquisição, e ainda esnobando nas nossas caras”.

Pseudos gestores

O que se vê na mídia é que uma montoeira de personalidades está sendo questionada na Justiça por desvio de verba pública. Os crimes são os mais variados. O fato mesmo é que, literalmente, roubaram. E agora tem que dar explicações. Envergonhados, alguns fogem. Outros, sem alternativa, acabam presos. O resultado pode ser visto, sem medo de errar, sobre as consequências que levam às escolhas (intencionais); colheram os frutos que plantaram, mas que duram para sempre. Como na natureza, se não acondicionar dentro dos padrões, apodrecem.

Economia subterrânea

De acordo com estudos realizados pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial – Etco, em parceria com outras entidades, a informalidade no país movimentou, nos 12 meses encerrados em julho, o equivalente a
R$ 1,077 trilhão.  O número representa o PIB de países como Colômbia e África do Sul.

Economia subterrânea 2

Segundo o Etco, a economia subterrânea é a produção de bens e serviços não reportada ao governo deliberadamente, com o objetivo de sonegar impostos, evadir contribuições para a seguridade social, driblar o cumprimento de leis e regulamentações trabalhistas e evitar custos decorrentes da observância às normas aplicáveis a cada atividade.

GDFAZ – Macapá

Acontece nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro, em Macapá – AP, a 62ª reunião do Grupo de Desenvolvimento do Servidor Fazendário – Gdfaz. Na próxima coluna, maiores informações sobre a extensa pauta.

Refletindo

“O problema da previdência social não é a previdência ou a arrecadação. O problema é a não aplicação dos recursos arrecadados para a previdência social na previdência social”! Uma ótima semana!

 

Via Coluna Fisco e Cidadania – Por Pedro Hermínio Maria