O Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores ficou em 7,2% em janeiro, após registrar 7,4% no mês anterior. Apesar da queda na margem, este é o 13º mês consecutivo em que a inflação mediana prevista pelos brasileiros para os 12 meses seguintes mantém-se no intervalo entre 7,2% e 7,5%, o patamar mais elevado desde o início da pesquisa.

Em médias móveis trimestrais, o indicador seguiu a trajetória dos dados pontuais, ao passar de 7,5% para 7,4% entre dezembro e janeiro. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, dia 23, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas.

“O índice parece indicar que, apesar do aumento de diversos preços nesse início de ano (principalmente administrados), as famílias estão acreditando em um maior compromisso com controle dos preços e consequentemente, ajustando suas expectativas com relação à inflação. Essa análise é ainda preliminar, mas o resultado sinaliza que devemos acompanhar esse indicador com mais atenção”, afirma o economista Pedro Costa Ferreira, da FGV.

Entre os valores citados pelos consumidores para a inflação prevista nos 12 meses seguintes, as taxas entre 6,5% e 7,0% continuam sendo as mais lembradas, tendo sido mencionadas por 24,9% dos entrevistados em janeiro. Em relação ao mês anterior, houve diminuição da frequência relativa de valores superiores a 7,0%, de 47,2% do total, em dezembro, para 45,4%, em janeiro.

 

Via FGV/Ibre