1 carteira de trabalho 6303952

Indústria catarinense é responsável por 33,5% dos mais de 893 mil postos de trabalho

Santa Catarina é o estado com a maior participação de empregos na indústria, em comparação com outros estados. A indústria catarinense é responsável por 33,5% do total de 893.149 postos de trabalho, conforme dados do Ministério do Trabalho e do Observatório da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc).

Entre os setores que mais empregam estão o têxtil, de confecções, couro e calçados, de alimentos e bebidas, de construção e de madeira e móveis. Conforme o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, a diversificação e a distribuição equilibrada em todo o território do Estado ajuda e fortalecer o setor.

Os dados do Ministério apontam ainda que Santa Catarina tem a menor taxa de desemprego do país, de 3,2%. A informalidade também é a menor do Brasil, alcançando 27,6%.

Mulheres são 33,3% das trabalhadoras da indústria

A participação das mulheres na indústria catarinense também é destaque, conforme a Federação. Elas são 297.003 trabalhadoras no setor, o que representa 33,3% dos empregos industriais no Estado, e também é a maior participação entre todas as unidades da federação.

— Esses números não refletem apenas o vigor econômico da indústria de Santa Catarina, mas também destacam a importância da igualdade de gênero no mercado de trabalho, especialmente em setores historicamente dominados por homens — aponta Camila Morais, economista do Observatório Fiesc.

Indústria puxa geração de empregos em SC

Além disso, no primeiro trimestre de 2024, Santa Catarina teve 66 mil novos empregos formais, 16,9 mil a mais que no mesmo período do ano passado. Segundo o Observatório Fiesc, a indústria liderou o ranking, com 35 mil novos postos, seguida do setor de serviços, que registrou 26,5 mil empregos no período.

Dentro do setor industrial, o segmento têxtil, de confecção, couro e calçados lidera a geração de empregos no primeiro trimestre, com 7.855 novas vagas. Dentre as atividades, destaque para a fabricação de tecidos de malha e artefatos para uso doméstico, como, por exemplo, edredons e artigos de cozinha e toalhas de banho. Além disso, houve crescimento no emprego ligado à fabricação de produtos têxteis diversos, como sacos de algodão e ráfia, destinados ao setor agrícola e industrial.

No Brasil, desemprego sobe

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta terça-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dados nacionais apontam o aumento do desemprego, que chegou a 7,9% nos primeiros três meses do ano.

A taxa representa um aumento de 0,5 ponto percentual na desocupação, que era de 7,4% no último trimestre do ano passado. No primeiro trimestre de 2023, este número era de 8,8%. Mesmo com a alta, o resultado do primeiro trimestre é o melhor para o período desde 2014 (7,2%) e vem abaixo das projeções do mercado financeiro (8,1%).

Com os resultados, o número absoluto de pessoas desocupadas cresceu 6,7% desde o trimestre anterior, atingindo 8,6 milhões de pessoas.

De acordo com Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, o aumento da taxa de desocupação foi ocasionado pela redução na ocupação, em um movimento sazonal da força de trabalho no primeiro trimestre do ano.

*Com informações do g1.

Via NSCTotal