Os números do Índice de Participação dos Municípios (IPM) de Santa Catarina para 2018, com base no movimento econômico de 2016, foram divulgados no Diário Oficial do Estado de sexta-feira. Por isso, a partir de hoje, as prefeituras têm 30 dias para contestar caso não concordem com os dados. As informações mostram que a profunda recessão do ano passado derrubou as receitas de boa parte dos municípios, enquanto o agronegócio e outros investimentos melhoraram a situação de outros. Joinville, Itajaí, Blumenau, Florianópolis e Jaraguá do Sul formam o ranking dos que têm maior retorno.

Joinville, município mais populoso e detentor da maior economia do Estado, terá retorno de 8,60%, o que significa uma queda de 5,3% frente ao ano anterior. A Fazenda do Estado estimou que esse recuo implicará perda de cerca de R$ 20 milhões no caixa da prefeitura. Itajaí, com a segunda maior economia em função dos negócios portuários, ficará com 7,02% de IPM. Perderá 1,8% de participação, o que representará R$ 5 milhões a menos ao município.

Blumenau, que tem o terceiro maior IPM do Estado, com participação de 4,81%, terá uma queda de 1,5%, o que significará R$ 3 milhões a menos no ano que vem. Florianópolis enfrentará uma retração de 2,1%, o que vai somar cerca de R$ 2,7 milhões ao caixa da Capital. Entre os maiores municípios, a perda mais significativa, de 13%, será de Jaraguá do Sul, cuja prefeitura enfrentará um buraco de R$ 17,47 milhões nas contas.

A maior queda, no entanto, será enfrentada por Abdon Batista, de 21%. A razão desse recuo, com receita de R$ 1,6 milhão a menos, foi a normalização do faturamento de uma usina hidrelétrica no município.

Carros e agro
Com a sorte de ter o terreno ideal para receber a BMW e a Hyosung, Araquari ganhará um acréscimo de 31% em função do movimento gerado pela montadora e pela indústria de elásticos. Vai passar de 0,69% para 0,91%, o que significa R$ 9 milhões a mais no caixa em 2018. Outros destaques são Ponte Alta do Norte, que terá 20% mais graças às florestas; Nova Erechim, 18% a mais por sediar nova agroindústria; e São Joaquim, 11,9% mais com a vitivinicultura. Do total de ICMS do Estado, 25% vão para os municípios. Desse montante, 15% são distribuídos igualmente e 85%, com base no IPM, ou seja, no movimento econômico de cada um.

 

Via DC – Coluna Estela Benetti